O juiz federal Sergio Moro condenou nesta segunda-feira (21) quatro executivos da Andrade Gutierrez, além do ex-diretor da Petrobras Renato Duque, na Operação Lava Jato. O ex-presidente da empreiteira, Otávio Marques de Azevedo, e outros cinco réus, tiveram o processo suspenso devido aos acordos de colaboração premiada firmados com a Justiça.
Os executivos Antônio Pedro Campello de Souza Dias, Elton Negrão de Azevedo Júnior, Flávio Gomes Machado Filho e Paulo Roberto Dalmazzo foram condenados por corrupção ativa. Dias também foi condenado por lavagem de dinheiro e organização criminosa. Os quatro vão cumprir as penas previstas nos acordos de colaboração premiada firmados por eles com a Justiça.
Além de Azevedo, Moro também suspendeu o processo em relação ao doleiro Alberto Youssef, os operadores Fernando Soares, Mario Goes e os ex-funcionários da Petrobras Paulo Roberto Costa e Pedro Barusco, por causa dos acordos de colaboração. Lucélio Goes e Armando Furlan Júnior foram absolvidos de todas as imputações por falta de provas.
Já Renato Duque, que não firmou acordo de colaboração premiada, foi condenado a Moro a 10 anos de prisão. Como colaborou espontaneamente com a Justiça, confessando seus crimes, Moro admitiu a progressão de regime de cumprimento de pena depois do cumprimento de cinco anos no regime fechado.
O juiz ainda estipulou em R$ 115,9 milhões o valor mínimo para indenização dos danos decorrentes dos crimes, a serem pagos à Petrobras.
Os executivos da Andrade Gutierrez são os últimos a serem condenados por Moro na Lava Jato. O magistrado já condenou executivos da Odebrecht, OAS, Camargo Correa, UTC, Galvão Engenharia, Queiroz Galvão, Engevix e Mendes Junior.
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