O juiz Sergio Moro determinou nesta segunda-feira (9) que a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entregue os comprovantes originais do pagamento do aluguel do apartamento 121, do edifício Hill House, em São Bernardo do Campo. O Ministério Público Federal (MPF) acusa o petista de ser o real proprietário do imóvel e de firmar um contrato de locação fictício com um “laranja” para mascarar a posse do apartamento.
No dia 25 de setembro, a defesa de Lula entregou um contrato de aluguel em nome da ex-primeira-dama Marisa Letícia e comprovantes de aluguel digitalizados, mas os documentos apresentam problemas de grafia e datas inexistentes. Com isso, o MPF pediu uma perícia nos documentos para verificar a veracidade das informações prestadas pela defesa de Lula.
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No despacho dessa segunda, Moro diz que ainda não decidiu sobre a adequação da perícia, mas pediu que os advogados de Lula apresentem os originais em até cinco dias.
O imóvel é vizinho ao que mora o petista e um dos pivôs de ação penal na qual Lula é réu por corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato. Para os procuradores, a Odebrecht custeou a compra do apartamento, em nome do engenheiro Glaucos da Costamarques, primo do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente.
Na mesma ação, Lula responde por também ter supostamente recebido da empreiteira terreno onde seria sediado o Instituto Lula, no valor de R$ 12,5 milhões. A Lava Jato afirma que não houve pagamento de aluguel entre fevereiro de 2011 e pelo menos novembro de 2015, do imóvel vizinho ao do petista, em São Bernardo.
O ex-presidente já foi interrogado por Moro no processo e negou todas as acusações.
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