Já tem data o novo depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao juiz Sergio Moro, no segundo processo em que o petista é investigado na Operação Lava Jato. Este processo fala sobre a aquisição de um terreno para uma nova sede do Instituto Lula. O depoimento será no dia 13 de setembro a partir das 14h. Este é o primeiro depoimento de Lula neste processo e também o primeiro “encontro” entre os dois depois da condenação de Lula no caso do tríplex do Guarujá.
Desta vez, os dois não ficarão cara a cara: o depoimento deverá ser prestado por videoconferência. Moro justificou a opção lembrando do custo que envolveu o primeiro depoimento de Lula em Curitiba, citando gastos “indesejáveis de recursos públicos” com o aparato de segurança montado. A operação montada para garantir a segurança do ex-presidente envolveu mais de 1,7 mil policiais militares, 250 guardas municipais e 150 agentes de trânsito, além de militares do Exército e agentes da PF. Só os custos do governo do Paraná com a operação somaram R$ 110 mil.
Saiba mais: A história dos 4 imóveis que enrolaram a vida de Lula
Esse novo depoimento de Lula será para o segundo processo da Lava Jato, que também corre na Justiça Federal de Curitiba, no qual Lula foi denunciado. Neste processo, o petista é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro, desta vez por contratos firmados entre a Petrobras e a Odebrecht. Segundo a denúncia, a propina paga pela empreiteira totaliza R$ 75,4 milhões e foi repassada para partidos e políticos que davam sustentação ao governo Lula.
Terreno para o Instituto Lula
Dessa vez, o objetivo é esclarecer a compra de um terreno em São Paulo, que seria usado para a construção de uma nova sede do Instituto Lula. O valor total de vantagens ilícitas usadas na compra e manutenção do terreno até 2012 chegou a R$ 12,4 milhões, segundo os procuradores. A construção, no entanto, nunca aconteceu.
Saiba mais: Especial “Nunca antes na história deste país...” conta trajetória do ex-presidente Lula
O acerto para a compra do terreno, segundo o MPF, foi intermediado pelo então deputado federal Antonio Palocci, com o auxílio de seu assessor parlamentar Branislav Kontic, que mantinham contato direto com Marcelo Odebrecht, auxiliado por Paulo Melo, a respeito da instalação do espaço. A compra desse imóvel foi realizada em nome da DAG Construtora Ltda., mas com recursos comprovadamente originados da Odebrecht.
Apesar do imóvel não ter sido construído e o terreno até hoje estar inutilizado, Lula vai precisar explicar sua estranha relação com a empreiteira. Os executivos da empresa firmaram acordo de colaboração premiada e os depoimentos complicam a vida do ex-presidente.
Um dos executivos contou que a Odebrecht estudou mais de duas dezenas de imóveis para construir uma nova sede do Instituto Lula, além de um projeto de reforma da atual.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas
Deixe sua opinião