O juiz federal Sergio Moro negou nesta quinta-feira (31) o pedido de transferência do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB) para o sistema prisional do Distrito Federal. Cunha está preso no Complexo Médico Penal de Pinhais (PR) desde outubro do ano passado e já foi condenado pelo magistrado a 15 anos de prisão.
O ex-deputado também responde a um processo na 10.ª Vara Federal de Brasília. “Não cabe, porém, a transferência definitiva para o sistema prisional do Distrito Federal, pois inexiste causa para tanto, observando que a família do condenado sequer reside naquela localidade”, alegou Moro no despacho em que nega o pedido.
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Cunha será levado para Brasília, no entanto, no dia 22 de setembro, para ser interrogado pelo juiz federal Vallisney de Souza Oliveira. O magistrado é responsável pela condução dos processos da Lava Jato no Distrito Federal.
Ao ser interrogado por Moro em fevereiro deste ano, o ex-deputado disse que tem um aneurisma igual ao que matou a ex-primeira-dama Marisa Letícia, após um acidente vascular cerebral (AVC). Segundo Cunha, o local onde ele está preso no Paraná não tem estrutura para atendê-lo caso ocorra uma emergência médica semelhante à vivida pela mulher do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O ex-parlamentar chegou a negociar um acordo de colaboração premiada com a Procuradoria Geral da República, mas as tratativas foram suspensas porque os investigadores consideraram as declarações de Cunha “omissas e inconsistentes”. O ex-deputado deve esperar a troca no comando da PGR para tentar retomar as negociações.
No dia 18 de setembro, Rodrigo Janot deixa o cargo de procurador-geral depois de cumprir dois mandatos à frente da PGR. Quem assume é a procuradora Raquel Dodge, indicada pelo presidente Michel Temer.
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