| Foto: Divulgação

O juiz federal Sergio Moro recebeu nesta segunda-feira (2) o Prêmio Notre Dame, concedido pela Universidade Notre Dame (EUA), com a mesma honraria recebida em anos anteriores por madre Teresa de Calcutá e o ex-presidente dos EUA Jimmy Carter. Segundo a instituição americana, o prêmio é “entregue periodicamente para homens e mulheres cuja vida e obra demonstram dedicação exemplar aos ideais pela qual a Universidade preza” desde 1992.

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Moro é o magistrado símbolo da Operação Lava Jato. Há mais de três anos e meio, o juiz da 13.ª Vara Federal, de Curitiba, autoriza os avanços da maior investigação contra a corrupção já aberta no Brasil. Ao receber a láurea, Moro disse que o movimento anticorrupção no Brasil representado pela Lava Jato hoje é maior do que apenas um juiz e a jurisdição onde tudo começou. O esquema de corrupção descoberto na Petrobras e que envolveu grandes empreiteiras e expoentes da política brasileiro levou para a prisão empresários e políticos do alto escalão nacional.

“O movimento brasileiro anticorrupção está ficando maior. Está se espalhando e está se tornando forte com o apoio da imprensa, da opinião pública e do povo brasileiro “, discursou Moro. “A era dos nossos barões ladrões está terminando, e o império da lei está se tornando uma verdadeira possibilidade no Brasil. Democracia com integridade é o objetivo “.

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A universidade definiu Sergio Moro como alguém “comprometido em nada mais que a preservação da integridade de sua nação através da aplicação firme e imparcial da lei”.

Reitor da universidade, o reverendo John I. Jenkins elogiou o juiz brasileiro por sua luta pelo estado de direito e pela “preservação da integridade da nação”. “Ao abordar os problemas perniciosos da corrupção pública de uma maneira judiciosa, mas diligente, você marcou uma diferença marcante na vida de todos os brasileiros e apaziguou a sede universal de justiça da humanidade”, disse.

Além de madre Teresa de Calcutá, já foram premiados os humanitários Jimmy e Rosalyn Carter, dos Estados Unidos, o historiador e ativista Andrea Riccardi, da Itália, e o membro parlamentar Helen Suzman, da África do Sul.

“Os homenageados previamente com o Prêmio Notre Dame, cada um à sua maneira, atuaram como pilares de consciência e integridade, suas ações beneficiando seus compatriotas e, através de seus exemplos, o mundo inteiro, quando se comprometeram com a fé, a justiça, a paz, a verdade e a solidariedade com os mais vulneráveis”, informa a universidade.

Currículo

Ao justificar a homenagem, a universidade cita que o The New York Times afirmou que Moro é “o rosto do cronograma nacional para a classe dominante do Brasil”. A revista Fortune o classificou no 13º em sua lista de maiores líderes mundiais, e a revista Time o incluiu em sua lista das 100 pessoas mais influentes do mundo.

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Moro, 45 anos, nasceu em Maringá, no Noroeste do Paraná. É bacharel em Direito pela Universidade Estadual de Maringá e obteve um doutorado na Universidade Federal do Paraná. Estudou no exterior através de um programa de intercâmbio na Harvard Law School em 1998.

Nomeado em sua posição atual em 1996, ele participou em 2007 no Programa de Liderança de Visitantes Internacionais do Departamento de Estado dos EUA, visitando agências dos EUA e instituições responsáveis ​​pela prevenção e combate ao branqueamento de capitais.

“Como resultado do bom trabalho do Dr. Moro, o Brasil, em vez de ser infame pela corrupção, tornou-se um farol para o resto do hemisfério sobre como lutar contra isso”, disse Jenkins.