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O presidente em exercício Hamilton Mourão disse que caso Guaidó seja preso pelo regime de Nicolas Maduro, só resta ao Brasil protestar, sem fazer interferência alguma. | Romério Cunha/ VPR
O presidente em exercício Hamilton Mourão disse que caso Guaidó seja preso pelo regime de Nicolas Maduro, só resta ao Brasil protestar, sem fazer interferência alguma.| Foto: Romério Cunha/ VPR

O presidente em exercício Hamilton Mourão descartou a possibilidade de o Brasil participar de uma eventual intervenção armada na Venezuela para retirar o ditador Nicolás Maduro do poder, após o Brasil e os Estados Unidos reconheceram o líder opositor Juan Guaidó como presidente interino do país vizinho.

Mourão disse que não é tradição da política externa brasileira intervir em assuntos internos de outros países. Ele disse que é possível que, caso seja necessário, o Brasil ofereça no futuro ajuda financeira para reconstruir o país vizinho. “O Brasil não participa de intervenção. Não é da nossa política externa intervir nos assuntos internos dos outros países”, ressaltou.

O governo brasileiro reconheceu nesta quarta-feira (23) o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, como o novo presidente interino do país. Os Estados Unidos e outros nove países também tomaram medida semelhante. 

A declaração do vice-presidente brasileiro foi feita após ele ser lembrado que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que todas as opções estão na mesa, o que não exclui uma intervenção armada no país latino-americano.

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Perguntado, Mourão disse ainda que caso Guaidó seja preso pelo regime de Maduro, só resta ao Brasil protestar, sem fazer interferência alguma. “O Brasil pode protestar, mas não vai fazer mais nada além disso”, ressaltou.

O general ressaltou que os ministros da Defesa do Brasil e da Venezuela têm uma relação institucional, mas negou que o governo brasileiro esteja em contato com militares venezuelanos. “O apoio político é exatamente a decisão que foi tomada pelo presidente. O apoio econômico, no futuro, caso seja necessário, para reconstruir o país”, disse.

Termoelétricas e refugiados

Mourão salientou também que o país está preparado caso aumente a entrada de refugiados venezuelanos pela fronteira entre os dois países em Roraima.

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E disse que, caso o regime ditatorial retalie o Brasil cortando o fornecimento de energia elétrica para Roraima, estado brasileiro que faz fronteira com o país vizinho, o plano de contingência seria acionar as termoelétricas da Região Norte.

Em Davos, na Suíça, o presidente Jair Bolsonaro falou sobre a decisão do Brasil de reconhecer Guaidó como presidente da Venezuela ao lado de representantes do Canadá, Colômbia e Peru.

Logo depois, usou as redes sociais para enviar uma mensagem aos venezuelanos. “Todo apoio ao nossos irmãos venezuelanos! Brasil está con ustedes”, escreveu Bolsonaro em uma mensagem que mescla as línguas portuguesa e espanhola.

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