
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o Levante Popular da Juventude divulgaram um escracho em frente a casa da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, no bairro Santo Agostinho, em Belo Horizonte. Imagens mostram que a fachada do edifício foi pintada de vermelho, com bombas de tinta. Segundo os militantes, o ato foi durante a tarde e reuniu cerca de 450 pessoas.
No momento do protesto não havia ninguém no apartamento, que a ministra frequenta a cada 15 ou 20 dias porque dá aulas numa universidade na capital mineira. A assessoria do STF informou que a ministra não irá se manifestar sobre o protesto.
Um vídeo com os integrantes do movimento em frente do prédio foi divulgado nas redes sociais.
Conforme o coordenador do MST em Minas, Silvio Netto, o protesto foi uma forma de mostrar que os trabalhadores estão dispostos a lutar. “Cármen Lúcia se tornou a inimiga número um dos mineiros”, disse. Segundo o movimento, cerca de 450 sem-terra participaram da manifestação.
A presidente do STF deu o voto de desempate para que não fosse concedido habeas corpus pedido pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado em segundo instância no processo envolvimento o triplex no Guarujá. A reportagem acionou a assessoria de comunicação do STF, que ainda não se pronunciou sobre a manifestação.
“Foram atiradas bombas de tintas e feitas pichações nos muros e calçadas do prédio onde a golpista reside numa cobertura. Não vamos dar descanso para toda essa corja que deturpa as leis para beneficiar interesses do capital. Assistimos essa semana que o Supremo é tão golpista quanto Temer”, disse Miriam Muniz, também da direção do MST.
Em seguida, integrantes do movimento participaram de ato contra a prisão do ex-presidente Lula na Praça Sete, Região Central, da cidade. As pistas das avenidas Afonso Pena e Amazonas, que se cruzam na praça, foram interditadas.
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