O presidente Jair Bolsonaro compartilhou na noite desta quarta-feira (13) em sua rede social postagem em que seu filho Carlos Bolsonaro afirmou ser uma mentira declaração do ministro da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno. Ele retransmitiu na sua conta oficial do Twitter mensagem na qual seu filho diz que o ministro não conversou com o presidente sobre a revelação do esquema de candidaturas laranjas do PSL.
O endosso de Bolsonaro ao ataque amplia a crise envolvendo os laranjas de seu partido. A reportagem apurou que presidente esperava que o ministro pedisse demissão já no começo desta quarta (13), para que ele voltasse a Brasília de sua internação em São Paulo com um trunfo para conter os impactos do caso.
Não deu certo. Bolsonaro irritou-se, chegando a gritar com interlocutores ao telefone de dentro do hospital Albert Einstein, exasperado com a situação e os relatos do próprio Bebianno de que não havia crise porque ele estava conversando normalmente com o presidente.
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As postagens no Twitter de Carlos vieram quando o presidente estava em trânsito, comunicando-se de dentro do avião com aliados, a quem enviou as mensagens críticas do filho. Quem recebeu os textos pelo WhatsApp de Bolsonaro entendeu que o presidente assinou embaixo integralmente o ataque ao ministro como um ato seu.
Para integrantes do governo, a tática explicitou novamente uma grande fragilidade do presidente. Como diz um deputado aliado, se Bolsonaro estava contrariado com Bebianno, que exercesse sua autoridade e o enquadrasse ou demitisse.
Por outro lado, ele pondera que Bolsonaro não gostaria de humilhar publicamente o ministro, um aliado leal e que, como presidente interino do PSL comandou sua campanha com acesso a todo tipo de informação confidencial e estratégica.
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