A Justiça de São Paulo absolveu sumariamente – sem sequer iniciar as audiências de instrução - nesta quarta-feira (19) 12 réus em um processo que tratava do caso do tríplex no Guarujá. A denúncia havia sido feita no ano passado pelo Ministério Público de São Paulo e, na ocasião, os promotores chegaram a pedir a prisão preventiva de Lula. A juíza Maria Priscilla Ernandes Veiga de Oliveira, porém, remeteu a parte referente ao ex-presidente para Curitiba, sob os cuidados do juiz federal Sergio Moro.
A absolvição sumária significa que a juíza entendeu que a denúncia não tem fundamento após analisar as defesas prévias dos acusados. A magistrada não achou necessário sequer ouvir as testemunhas de acusação, de defesa ou os réus do processo para tomar uma decisão.
No processo que corria em São Paulo há réus que também respondem a um processo envolvendo o tríplex em Curitiba, como o ex-presidente da OAS Leo Pinheiro e os executivos da empresa Fabio Yonamine e Roberto Ferreira. Os três foram absolvidos nessa quarta-feira (19) pela juíza, junto com outros nove réus. Segundo a juíza, o executivo Roberto Ferreira sequer trabalhava na OAS na época em que o MPF o acusa de ter cometido crimes.
Curitiba
O caso envolvendo o ex-presidente Lula, por outro lado, segue tramitando em Curitiba. Nesta quinta-feira (20) o juiz federal Sergio Moro vai interrogar os primeiros réus no processo: os executivos da OAS Leo Pinheiro e Agenor Franklin de Medeiros.
As oitivas seguem na semana que vem com os interrogatórios dos executivos da OAS Fabio Yonamine, Roberto Ferreira e Paulo Gordilho, além do presidente do Instituto Lula Paulo Okamotto. O interrogatório de Lula está marcado para o dia 3 de maio, às 14 horas, na Justiça Federal de Curitiba.
Depois de ouvir os réus, o juiz Sergio Moro vai abrir prazo para a apresentação das alegações finais do Ministério Público Federal (MPF) e das defesas e só depois disso dar uma sentença referente ao caso.
Nessa quarta-feira (19) os advogados de Lula apresentaram na ação informações sobre o processo de recuperação judicial da OAS, em que o tríplex que o MPF atribui a Lula aparece como ativo da empresa. A defesa do ex-presidente nega que ele seja o proprietário do imóvel.
O MPF acusa o ex-presidente de receber “benesses” da OAS por contratos da empreiteira com a Petrobras através da aquisição e reforma de um tríplex no Guarujá, litoral norte de São Paulo.
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