“Nenhum canalha teve coragem de apontar nada errado na minha vida”, diz Lula

Ao discursar na noite deste sábado (26) em João Pessoa (PB), Lula afirmou que nenhum “canalha” teve coragem de apontar “nada errado” em sua trajetória. Em um discurso feito em praça pública, após receber o título de cidadão pessoense, o petista atacou o PSDB, insinuando que os tucanos deveriam ser os verdadeiros alvos da operação.

“O que estão julgando de verdade não é o Lula pessoalmente, porque eles sabem quem é que pegou o dinheiro. Os tucanos, que eram donos da verdade até outro dia. Bastou um tiro de garrucha e caiu toda revoada de tucano.”

Falando ao lado do governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), Lula disse que não iria falar sobre a Operação Lava Jato. “Vou deixar para o Moro e os advogados fazerem isso. Dia 13 tem de novo depoimento em Curitiba e isso não vai parar nunca. Aí vai vim outro depoimento, e outro”, disse. Mesmo assim, ele teceu alguns comentários. Falou que já prenderam muitos governadores e que “muitos foram presos de forma arbitrária”. “Defendo para todo mundo o que defendo para mim. Todo mundo é inocente até que se prove o contrário”.

O ex-presidente reclamou da mídia. “Já tenho 20 horas gravadas de ‘Jornal Nacional’, dezenas de capas de revistas. Já tenho dezenas, dezenas, centenas de páginas de jornais, entrevistas de rádio e outras emissoras. E até agora nenhum canalha teve coragem de dizer que teve uma coisa errada na minha vida”, discursou.

Lula desafiou os responsáveis pela operação: “Já foram pra Suíça, Tailândia, Índia, em Nova York, sei lá mais aonde. Vasculharam dinheiro. E eu desafio o Ministério Público, juiz, e Polícia Federal a mostrar um centavo que tenha sido ganho de forma ilegal”.

Para o petista, o que está em jogo é a forma como ele governou o Brasil. Ele disse que quando assumiu, a Petrobras investia apenas R$ 3 bilhões ao ano, e, com o PT no poder, esse número “foi a R$ 30 bilhões”. Ele também destacou medidas que tomou na área da Educação e criticou as privatizações anunciadas pelo presidente Michel Temer.