A segunda condenação na Lava Jato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reabriu as discussões sobre a possibilidade de o petista ser transferido para o regime de prisão domiciliar. O tema já foi alvo de controvérsia dentro da equipe jurídica de Lula e vem sendo discutido reservadamente por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), antecipando-se a um pedido formal da defesa.
As maiores chances de êxito para Lula deixar a superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde está preso desde abril, se concentram justamente no Supremo. Enquanto no Superior Tribunal de Justiça (STJ) Lula será julgado pela 5.ª Turma, de composição rigorosa e linha dura, no STF o ex-presidente obteve cinco votos favoráveis ao seu pedido de liberdade no ano passado. O habeas corpus preventivo, para evitar que fosse preso, foi rejeitado pelo apertado placar de 6 a 5.
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Apesar disso, um ministro do STF avalia que é difícil o tribunal colocar o petista em prisão domiciliar antes do julgamento das ações sobre prisão após condenação em segunda instância, marcado para 10 de abril. Segundo ele, uma decisão favorável a Lula antes disso daria um “sinal trocado” sobre os empenhos da Justiça no combate à corrupção.
Procurada para se manifestar sobre a possibilidade de pedir a prisão domiciliar para Lula, a defesa do ex-presidente não respondeu aos contatos da reportagem.
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