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Bombeiros conduzem corpo de vítimas do desastre com a barragem em Brumadinho: há ainda 166 funcionários da Vale e 130 funcionários terceirizados desaparecidos. | Douglas Magno/AFP
Bombeiros conduzem corpo de vítimas do desastre com a barragem em Brumadinho: há ainda 166 funcionários da Vale e 130 funcionários terceirizados desaparecidos.| Foto: Douglas Magno/AFP

O governo de Minas Gerais corrigiu informação divulgada por volta das 20h30 deste sábado (26) e informou que o número de mortos por causa do rompimento da barragem em Brumadinho continua sendo 34. Comunicado anterior falava em 40 mortos. Oito dos corpos resgatados já foram identificados pela Polícia Civil. A tragédia já superou o total de vítimas do desastre de Mariana (MG), em 2015, quando 19 pessoas morreram. A Vale divulgou uma lista com mais de 250 desaparecidos.

Até o momento, 366 pessoas foram resgatadas, sendo 221 funcionários da Vale e 145 terceirizados. Há 23 pessoas hospitalizadas. As atividades de resgate foram suspensas por volta das 20 horas e serão retomadas às 4 horas deste domingo (27). Neste sábado, os trabalhos foram prejudicados pela chuva. Por enquanto, a principal ação dos bombeiros tem sido sobrevoar a área do desastre na tentativa de avistar sobreviventes e vítimas. O rejeito da barragem é muito líquido, o que impede que trabalhos sejam feitos sobre a lama, como escavações, por exemplo.

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Segundo o coronel do Corpo de Bombeiros Anderson de Almeida à imprensa, 205 agentes estão atuando nos trabalhos de buscas. Estão ajudando nas buscas equipes de Juiz de Fora, Uberaba e Rio de Janeiro, além da Força Nacional. “São pessoas especialistas em alagamentos, rompimento de barragem, buscas em soterramentos”, declarou, porque “é um local instável, que corre risco ainda de rompimento e que oferece perigo para as pessoas que estão transitando”.

O coronel afirmou também que, nas 3 horas em que choveu nesta tarde na região, os bombeiros tiveram que suspender as buscas durante 50 minutos. Segundo ele, não houve até agora notificações de desaparecidos que não fossem funcionários da Vale, por isso eles trabalham com a lista da empresa.

Veja nomes das vítimas já identificadas

A Polícia Civil de Minas Gerais divulgou na noite deste sábado os nomes das oito primeiras vítimas identificadas da tragédia de Brumadinho, em Minas Gerais, informa o UOL. São eles:

Marcelle Porto Cangussu; Jonatas Lima Nascimento; Carlos Roberto Deusdedit; Leonardo Alves Diniz; Fabricio Henriques; Robson Máximo Gonçalves; Willian Jorge Felizardo Alves; e Eliandro Batista de Passos.

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Entre os 8 nomes divulgados, três constam da relação de funcionários da Vale considerados desaparecidos. São eles: Jonatas Lima Nascimento, Carlos Roberto Deusdedit e Willian Jorge Felizardo Alves.

Outras dois nomes da lista apresentam grafia semelhante a funcionários que aparecem na listagem da Vale – a empresa traz os nomes de Fabricio Henriques da Silva e Elindro Batista de Passos. Procurada pelo UOL, a Vale não soube confirmar se os nomes dizem respeito às mesmas pessoas e informou não poder divulgar uma atualização da lista de desaparecidos sem antes contatar a Defesa Civil.

A primeira a ser identificada foi a médica Marcelle Porto Cangussu. Ela estava trabalhando no momento em que a barragem se rompeu. Segundo Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT) e a e a Associação Mineira de Medicina do Trabalho (AMIMT), Marcelle obteve seu título de especialista em Medicina do Trabalho em 2015 e se dedicava à carreira na Vale.

A tragédia

Uma barragem da mineradora Vale se rompeu e ao menos outra transbordou nesta sexta-feira (25) em Brumadinho, cidade da Grande Belo Horizonte, liberando cerca de 12,7 milhões de metros cúbicos de rejeitos da produção de minério de ferro no rio Paraopeba, que passa pela região.

Os rejeitos atingiram um refeitório e um prédio administrativo da empresa, que ficaram soterrados pela lama. Eles ficam no interior do complexo da mina Córrego do Feijão, na zona rural de Brumadinho. A barragem B1, que se rompeu, é uma estrutura de porte médio para contenção de rejeitos e estava há três anos em processo de desativação.

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