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Joesley Batista desmente o que a gravação fala. | Rovena Rosa/Agência Brasil
Joesley Batista desmente o que a gravação fala.| Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Em nota, Joesley Batista e Ricardo Saud, executivos e delatores da JBS, pediram desculpas pelo conteúdo dos áudios gravados e entregues à Procuradoria-Geral da República (PGR). “O que nós falamos não é verdade, pedimos as mais sinceras desculpas por este ato desrespeitoso e vergonhoso e reiteramos o nosso mais profundo respeito aos Ministros e Ministras do Supremo Tribunal Federal, ao Procurador-Geral da República e a todos os membros do Ministério Público”, diz o texto.

Nas gravações, os delatores lançam suspeitas sobre o Supremo e falam em “pegar três” ministros do STF: Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes.“Esclarecemos que as referências feitas por nós ao Excelentíssimo Senhor Procurador-Geral da República e aos Excelentíssimos Senhores e Senhoras Ministros do Supremo Tribunal Federal não guardam nenhuma conexão com a verdade. Não temos conhecimento de nenhum ato ilícito cometido por nenhuma dessas autoridades”, afirma a nota.

Nos áudios, Joesley Batista e Ricardo Saud discutem uma estratégia: “moer o Judiciário”, diz o dono da JBS, já que a “Odebrecht moeu o Legislativo”. “Ricardinho, eles vão dissolver o Supremo. É o seguinte: eu vou entregar o Executivo e você entrega o Zé [Eduardo Cardozo, ex-minisrtro da Justiça]”, planeja o empresário. “Vou ligar pra ele: ‘Zé, você precisa trabalhar conosco, precisa organizar o Supremo, véi. Quem nós temos no Supremo?”

Em outro trecho da gravação, Joesley fala sobre a importância de Marcelo Miller, ex-procurador da República, nos planos da JBS de fechar o acordo de delação premiada com a PGR. O empresário via Miller como uma forma de acesso a Rodrigo Janot.

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