O juiz Sergio Moro, que decretou a prisão do ex-presidente Lula na semana passada, comemorou nesta terça-feira (10) a recusa do habeas corpus pedido pelo petista.
“Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal proferiu decisão muito importante. Não me refiro ao caso concreto do ex-presidente. Foi mais uma vez o apego ao princípio de que, e há toda uma discussão em torno disso, o princípio da presunção de inocência não pode ser interpretado como garantia da impunidade dos poderosos”, disse no Fórum da Liberdade, em Porto Alegre. Após a declaração, o magistrado foi muito aplaudido.
Ele fez um elogiou ministra Rosa Weber, que se diz contra a execução de pena, mas negou o HC de Lula, garantindo sua prisão. Ao votar na sessão realizada na quarta-feira (4), que decidiu por 6 votos a 5 negar o pedido da defesa do ex-presidente, a ministra disse que, apesar de pessoalmente ser contra a execução provisória da pena, deveria seguir o entendimento da maioria que foi firmado em 2016. Naquele ano, o Supremo passou a autorizar a prisão de condenados em segunda instância.
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“O voto mais interessante foi o da Rosa Weber”, afirmou Moro, destacando sua conduta discreta. “Ela não fala com a imprensa, no fundo ela está certa e a maioria errada, inclusive eu aqui”, disse arrancando risos.
Weber, disse Moro, “apelou para valores extremamente importantes para o Estado de Direito e a ética da magistratura”. “Você não muda ao sabor do acaso”, disse, aplaudido mais uma vez.
Ao final de sua fala, Moro foi ovacionado como pop star. A plateia se levantou para aplaudi-lo com urros em aprovação à sua fala, contra a corrupção e pelo fim da impunidade, mas em que discorreu sobre temas alheios tipo extrema pobreza e inflação.
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