A redução do preço do diesel na bomba de combustível com a soma de ações propostas pelo governo federal, Congresso Nacional e Petrobras pode chegar a uma média nacional de R$ 0,74 por litro. A estimativa tem como base o novo preço médio nacional do diesel, de R$ 2,10, previsto na tabela oficial da Petrobras para a venda do combustível nas refinarias para esta quinta-feira (24).
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O preço do diesel varia diariamente entre estados. Em São Paulo, por exemplo, o valor cobrado na bomba tem oscilado nas últimas semanas entre R$ 3 e R$ 4. Nesse parâmetro, o “desconto” – se somadas todas as ações em discussão simultaneamente – poderia chegar a até 25% do preço final cobrado no estado.
A primeira ação de redução foi anunciada pela Petrobras, que baixou o preço do diesel cobrado nas refinarias em 10%, de R$ 2,3351 para R$ 2,1016 por litro, uma queda de R$ 0,23. A medida, porém, vai valer por apenas 15 dias. Durante esse período, o valor do diesel nas refinarias permanecerá congelado.
A segunda ação partiu da Câmara dos Deputados, que aprovou na noite desta quarta o projeto que zera a cobrança de PIS/Cofins sobre o diesel. Só ela provocaria uma redução de R$ 0,46 no litro do diesel. Para entrar em vigor, a medida ainda precisa do aval dos senadores e sanção do presidente da República, Michel Temer.
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A contrapartida para medida do PIS/Cofins é a reoneração da folha de pagamento para 56 setores da economia – metade deles com a sanção e a outra metade a partir de janeiro de 2021. Como “troca” pela reoneração, o governo federal também prometeu zerar a Cide sobre o diesel, o que teria um impacto de R$ 0,05 no preço final. Essa seria a terceira ação do pacotão do diesel.
Se todas as ações de redução de preço forem colocadas em prática, a tendência é que a greve dos caminhoneiros acabe nesta quinta-feira (24). O presidente da Associação Brasileira de Caminhões (Abcam), José da Fonseca Lopes, declarou nesta manhã que os protestos serão suspensos quando o Senado aprovar o projeto que zera a cobrança de PIS/Cofins sobre o diesel.