Provável ministro da Fazenda em caso de vitória do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), o economista Paulo Guedes é investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) em Brasília por suspeita de fraude em fundos de pensão. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, Guedes é suspeito de se associar a executivos ligados ao PT e ao MDB entre fevereiro de 2009 a junho de 2013 para fraudar negócios com fundos de estatais.
Segundo a Folha, que teve acesso às investigações, Paulo Guedes teria captado ao menos R$ 1 bilhão de entidades como a Previ (fundo de pensão do Banco do Brasil), Petros (Petrobras), Funcef (Caixa), Postalis (Correios) e BNDESPar (braço de investimentos do BNDES).
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Ele e diretores e gestores dos fundos citados acima teriam se associados com a intenção de cometer “crimes de gestão fraudulenta ou temerária de instituições financeiras e emissão e negociação de títulos imobiliários sem latros ou garantias”, segundo as investigações do MPF, as quais a Folha teve acesso. Na época, Guedes era controlador do Grupo HSM, que estaria envolvido no caso.
Um procedimento investigativo criminal foi instaurado em 2 de outubro pela força-tarefa da Operação Greenfield no MPF para investigar o caso.
Outro caso envolvendo Guedes
Em outro caso, divulgado em setembro, Guedes é apontado pela Justiça como um dos beneficiários de fraude que causou prejuízos à fundação responsável pela gestão da aposentadoria dos funcionários do BNDES, a Fapes. A Justiça do Rio de Janeiro seria outra beneficiária.
Em decisão proferida no dia 3 de julho, o juiz Tiago Pereira, da Quinta Vara Criminal Federal do Rio, cita Guedes na lista de clientes da corretora Dimarco que obtiveram ganhos atípicos no período em que as fraudes ocorreram.
Guedes não é réu no processo, divulgado primeiro pela revista Crusoé em 14 de setembro e confirmado pela reportagem da Folha na época. Por isso, ele não tem nenhum condenação relativa ao caso.
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Em sua decisão, o juiz Pereira condenou apenas três executivos da Dimarco por “gestão fraudulenta de instituição financeira”. Edgard Luiz Pinaud Filho, Fernando José Pedroso Almendra e Carlos Eduardo Esteves de Almeida poderão recorrer em liberdade da pena de quatro anos e oito meses de prisão.
Outro lado
Procurado pela Folha, Guedes não respondeu à reportagem.
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