O ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa alegou falta de dinheiro para vir a Curitiba no mês que vem para depor em um dos processos da operação Lava Jato. A defesa de Costa pediu nesta segunda-feira (10) ao juiz federal Sergio Moro que o ex-diretor seja ouvido por videoconferência com a Justiça Federal do Rio de Janeiro.
Delator, Paulo Roberto Costa foi intimado pelo Ministério Público Federal (MPF) como testemunha de acusação em um dos processos contra o ex-presidente Lula e outras sete pessoas. O depoimento está marcado para o dia 24 de maio na Justiça Federal de Curitiba.
“Ocorre que o deslocamento do requerente gerará um grande dispêndio em virtude dos altos valores das passagens aéreas, não tendo hoje condições de arcar com essas despesas, em virtude da grave dificuldade econômica em que toda a família se encontra, somando ainda o fato, de suas contas bancárias ainda encontrarem-se bloqueadas”, alegou a defesa de Costa.
Uma pesquisa de preços realizada pela Gazeta do Povo mostrou que o valor da passagem aérea para o trecho fica entre R$ 334 e R$ 363 por pessoa na data estipulada por Moro.
O processo no qual Costa foi intimado a depor é referente a supostas propinas pagas pela Odebrecht a Lula por contratos com a Petrobras através da compra de um terreno para construção de uma nova sede do Instituto Lula e do aluguel de um imóvel em São Bernardo.
Costa fechou um acordo de colaboração premiada na Lava Jato em 2014. Pelo acordo, o ex-diretor da Petrobras precisou devolver US$ 25,8 milhões desviados dos cofres públicos no esquema, que estavam em contas no exterior. Ele também se comprometeu a devolver bens adquiridos com o dinheiro da atividade criminosa: uma lancha de R$ 1,1 milhão; um terreno em Mangaratiba-RJ de R$ 3,2 milhões; um veículo recebido do doleiro Alberto Youssef no valor de R$ 300 mil; e o dinheiro apreendido na casa do ex-diretor durante a Operação Lava Jato (R$ 762,2 mil; US$ 181,4 mil e EUR 10,8 mil). Costa também precisou pagar uma multa de R$ 5 milhões.
Ele deixou a prisão em Curitiba ainda em 2014 para cumprir prisão domiciliar no Rio de Janeiro. Atualmente, o ex-diretor já cumpriu a pena prevista no acordo e tirou a tornozeleira eletrônica em novembro do ano passado.
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