| Foto: Evandro Éboli / Gazeta do Povo

O PCdoB anunciou que terá candidata própria na eleição de 2018, a deputada estadual gaúcha Manuela d'Ávila, mas não consegue se afastar da imagem de uma legenda colada ao PT. No seu 14º Congresso Nacional, que acontece em Brasília neste fim de semana, os discursos dos comunistas lembram a aliança histórica com os petistas e as citações aos ex-presidentes Lula e Dilma são frequentes.

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No primeiro ato, na noite deste sábado (18), a vinculação com o PT surgiu em diversos discursos e vídeos. Logo na abertura, um vídeo de três minutos resumiu a história de 95 anos do PCdoB. A figura mais aplaudida pela plateia nas imagens foi a de Lula. Cerca de mil pessoas, entre delegados e convidados, participam desse congresso. O mesmo se repetiu nas falas dos deputados do partido, como no discurso da presidente nacional do partido, a deputada Luciana Santos (PCdoB-PE).

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"Os governos Lula e Dilma tiraram mais de 40 milhões de pessoas da linha de pobreza", disse Alice Portugal, também aplaudida. 

O "golpe" contra Dilma Rousseff esteve presente o tempo inteiro. 

"Nossa bancada, pequena mas ruidosa, deu o recado no golpe, no impeachment contra a presidente Dilma", disse a deputada Alice Portugal, líder do PCdoB na Câmara. 

No palco do ato, vários petistas ocupavam lugar de destaque, como o governador do Piauí, Wellington Dias, e o ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência do governo Lula, Gilberto Carvalho. 

O momento do congresso que irá atrair maior atenção ocorrerá neste domingo, com a presença do próprio Lula, confirmada por sua assessoria. O PCdoB lança sua terceira candidatura própria, na sua história de 95 anos, mas parece saber que em algum momento, em 2018, estará ao lado do PT, como tem ocorrido desde o fim da ditadura no país. 

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Para o presidente do PSB, Carlos Siqueira, é saudável que os partidos de esquerda tenham candidatos próprios ano que vem. Exceto num único cenário político. 

"Se houver o risco de algum candidato de direita se eleger ainda no primeiro turno, aí sim. Teremos que nos unir antes. Mas parece que teremos uma eleição semelhante a de 1989, com muitas candidaturas pulverizadas", disse Siqueira.