Com a política de preços para os combustíveis da Petrobras adota desde o ano passado, que altera quase diariamente o preço médio nas refinarias, os preços da gasolina e do diesel subiram nesta terça-feira (22) mas terão queda já na quarta-feira (23). A próxima redução será a primeira após 20 dias de altas consecutivas.
Com o reajuste que entrará em vigor nesta terça, o preço médio do litro da gasolina sem tributo nas refinarias será de R$ 2,0867, com alta de 0,90% em relação à média atual de R$ 2,0680. O valor médio nacional do litro do diesel subiu para R$ 2,3716, 0,97% maior do que a medida atual de R$ 2,3488.
A mudança faz parte da nova política de preços da Petrobras, implantada pela Petrobras em julho de 2017. Nesse modelo, a estatal altera os preços com grande frequência, acompanhando de perto as oscilações da cotação internacional do barril de petróleo. Havia rumores de que isso poderia mudar, mas, segundo o presidente da companhia, Pedro Parente, a política não será alterada “em nenhuma hipótese”. Foi o que ele disse após reunião com a equipe econômica do governo nesta terça (22).
Já com a queda programada para quarta-feira (23), o preço médio do litro da gasolina sem tributo nas refinarias será de R$ 2,0433, com queda de 2,08% em relação à média atual de R$ 2,0867. O valor médio nacional do litro do diesel caiu para R$ 2,3351, 1,54% menor do que a medida atual de R$ 2,3716.
Desde o dia 3 de maio, a Petrobras está elevando o preço da gasolina – foram 13 dias com alterações no preço e em apenas uma data ele foi mantido no mesmo patamar. No dia 3 de maio, o litro da gasolina era vendido por R$ 1,7893 para as distribuidoras. Considerando o último preço de venda divulgado pela Petrobras, de R$ 2,0433 na quarta-feira (23), isso indica que houve uma valorização de 14,2% no preço da gasolina.
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No caso do diesel, houve mais oscilações no preço nesse intervalo de tempo. Mas, levando em consideração o mesmo intervalo de tempo – os 20 dias entre 3 de maio e a quarta-feira (23) – o preço do litro do diesel na venda para as distribuidoras subiu 13,7%. Ele passou de R$ 2,0535 para R$ 2,3351.
Alta acumulada
Desde que a Petrobras iniciou sua nova política de preços para os combustíveis, em 4 de julho do ano passado, o óleo diesel subiu 56,5% na refinaria, segundo cálculos do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) – passou de R$ 1,5006 para R$ 2,3488 (sem contar os impostos). O aumento acompanhou a cotação do petróleo no mercado internacional, exatamente a intenção da estatal. Mas, para os caminhoneiros, essa alta vem tornando sua atividade inviável.
O governo está discutindo a questão, mas não conseguiu chegar a uma decisão. Nesta terça, haverá mais rodadas de reuniões. O objetivo é tentar encontrar uma forma de evitar oscilações tão frequentes no preço da gasolina e do diesel no mercado doméstico.
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Sobe e desce
A Petrobras repassa a variação da cotação do petróleo no mercado internacional, para cima ou para baixo. Desde que alterou sua política de preços, em julho do ano passado, a estatal passou a promover reajustes quase diários dos combustíveis.
A companhia refuta que seja responsável pela alta de preços ao consumidor e diz que o valor cobrado pela empresa corresponde a cerca de um terço dos preços praticados nas bombas. Maior parte do valor cobrado pelo consumidor final engloba principalmente tributos, estaduais e municipais, além da margem de lucro para distribuidoras e revendedores.
Segundo a estatal, as revisões podem ou não refletir para o consumidor final - isso depende dos postos. Mas os donos de postos também apoiam a reivindicação dos caminhoneiros, pois dizem estar perdendo margens com os aumentos de preços.
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