![PF conclui que Geddel e Lúcio cometeram crimes no caso do bunker de R$ 51 milhões | Policia Federal/Divulgação](https://media.gazetadopovo.com.br/2017/11/23c97112f8253e331cafa2234aec9a2e-gpLarge.jpg)
A Polícia Federal atribuiu ao ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) e ao irmão dele, o deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB), os crimes de associação criminosa e lavagem de dinheiro, em relatório conclusivo sobre o bunker dos R$ 51 milhões, descoberto no âmbito da Operação Tesouro Perdido.
A PF ainda atribuiu os crimes a Marluce Quadros Vieira Lima, mãe dos irmãos peemedebistas, Job Ribeiro Brandão, homem de confiança da família e Gustavo Pedreira do Couto Ferraz, ex-diretor da Defesa Civil de Salvador apontado como operador de Geddel.
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O inquérito concluído é assinado pelo delegado Marlon cajado e foi enviado ao gabinete do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). Após esse relatório da PF, a Procuradoria-Geral da República (PGR) deve decidir se denuncia ou não os envolvidos. A decisão final sobre abertura de ação penal pelos crimes apurados será do STF.
Denúncia anônima
A Operação Tesouro Perdido partiu de uma denúncia anônima por telefone no dia 14 de julho de 2017. O apartamento em Salvador onde foram encontrados os R$ 51 milhões pertence ao empresário Silvio Antonio Cabral Silveira, que admitiu às autoridades que emprestou o imóvel ao deputado Lúcio Vieira Lima, a pretexto de guardar bens do pai do peemedebista, já falecido.
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Na montanha de notas de R$ 100 e R$ 50 encontrada no apartamento, há marcas dos dedos do ex-ministro Geddel, de Gustavo Ferraz e de Job Ribeiro, além de uma fatura com o pagamento da empregada do parlamentar.
No âmbito das investigações, Job resolveu colaborar com as investigações e tem feito tratativas para firmar delação premiada e seus depoimentos agravaram a situação dos peemedebistas perante a Justiça. Ele disse que devolvia 80% de seu salário aos irmãos, além de contar e guardar dinheiro vivo em grandes quantidades para o ex-ministro e o deputado federal.
O homem de confiança dos peemedebistas foi preso no dia 16 de outubro, mesma data em que o gabinete de Lúcio Vieira Lima foi alvo de busca e apreensão.
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