| Foto: Divulgação/Polícia Federal

Um “erro material” levou à interpretação que duas das nove malas encontradas no bunker com dinheiro atribuído pela Polícia Federal ao ex-ministro Geddel Vieira Lima teriam sumido. Um delegado ligado ao caso explicou à Gazeta do Povo que, na verdade, duas malas menores estavam dentro de outras maiores e, após os R$ 51 milhões terem sido contabilizados e as notas organizadas, sobrou espaço.

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É esperado para os próximos dias que o escrivão Francisco Antônio Lima de Sousa corrija a informação nos autos do inquérito aberto para investigar a origem do dinheiro. De acordo com PF, o dinheiro foi contabilizado e depositado em Salvador, e que não houve qualquer prejuízo financeiro.

 
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“O que tivemos foram malas umas dentro das outras. Sem chance alguma de malas de dinheiro terem desaparecido”, informou sob condição de anonimato uma fonte ligada ao caso.

Geddel foi preso em 8 de setembro, três dias depois de a Polícia Federal localizar e apreender R$ 51 milhões em um apartamento usado pelo ex-ministro em Salvador (BA). Até deixar o governo, no ano passado, Geddel era um dos dois principais auxiliares do presidente Michel Temer.

Nesta terça-feira (28), a PF concluiu haver indícios suficientes dos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa no caso do bunker. Segundo as investigações, os crimes foram cometidos por Geddel, o irmão dele, o deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB), e a mãe de ambos, Marluce Quadros Vieira Lima.

Também foram indiciados Job Ribeiro Brandão, homem de confiança da família, e Gustavo Pedreira do Couto Ferraz, ex-diretor da Defesa Civil de Salvador apontado como operador de Geddel. O inquérito foi remetido ao ministro Edson Fachin, no Supremo Tribunal Federal (STF).