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| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 10, a Operação Tira-Teima, que investiga pagamentos de vantagens indevidas, por partes de um grupo empresarial a políticos, para obter benefícios em medidas de interesse do grupo econômico.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin ordenou oito mandados de busca e apreensão em São Paulo, Goiânia e Fortaleza, cumpridos por 40 agentes da PF. Os alvos são pessoas supostamente ligadas ao senador Eunício Oliveira (MDB), presidente do Senado.

A finalidade das medidas é buscar documentos e outros elementos de aprofundamento da investigação, considerando a notícia de doações de campanha abalizadas por meio de contratos fictícios. A operação é decorrente da delação do ex-diretor de Relações Institucionais da Hypermarcas, Nelson Mello.

Em 2016, Mello afirmou em delação premiada que pagou, por meio de contratos fictícios, R$ 5 milhões em caixa dois para a campanha de Eunício ao governo do Ceará em 2014.

Segundo Mello, um lobista lhe informou que um emissário do senador o procuraria em 2014. Então, um sobrinho do senador, de nome Ricardo, pediu ajuda financeira à candidatura. Esse sobrinho seria Ricardo Lopes Augusto, que é sócio da empresa de segurança privada Confederal, da qual Eunício também é dono por meio de uma holding.

“Pagou despesas de empresas que prestavam serviços à campanha de Eunício Oliveira; que ajudou mediante contratos fictícios”, disse o executivo da Hypermarcas na delação.

A assessoria de imprensa do presidente do Senado, Eunício Oliveira, informou que, até o momento, nenhuma pessoa ou empresa ligada ao senador foi abordada pela Polícia Federal.

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