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| Foto: Sergio Lima/AFP

A Polícia Federal vai investigar em um inquérito uma suposta ameaça de atentado na posse do presidente eleito Jair Bolsonaro, marcada para o dia 1º de janeiro. Segundo uma fonte da PF, a atuação do órgão na posse presidencial não será alterada.

A autoria é de um grupo que se define como terrorista e reivindicou ter colocado uma bomba em uma igreja em Brazlândia, região administrativa do Distrito Federal, na madrugada de Natal, no dia 25 – o artefato explosivo foi desarmado pela Polícia Militar.

A Polícia Civil começou a investigar o caso e chegou a um grupo autointitulado “Maldição Ancestral”, que disse ter colocado a bomba ao lado da Igreja Santuário Menino Jesus, no centro de Brazlândia. As informações foram remetidas à PF, que tem atribuição de investigar suspeitas de ameaças a presidentes da República. O caso foi revelado pelo site Metrópoles.

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No site do grupo autodenominado antipolítico e terrorista, há um texto considerado pela Polícia Civil como ameaça a Bolsonaro. “Se a facada não foi suficiente para matar Bolsonaro, talvez ele venha a ter mais surpresas em algum outro momento, já que não somos os únicos a querer a sua cabeça”, diz o trecho do texto.

“Dia 01 de Janeiro de 2019 haverá aqui em Brasília a posse presidencial, e estamos em Brasília e temos armas e mais explosivos estocados…”, acrescentou o grupo, que se diz “em tocaia terrorística contra o progresso humano”.

Segundo uma fonte na Polícia Federal, o protocolo de segurança da PF no dia da posse não será alterado por causa dessa ameaça. A PF, no entanto, faz apenas a segurança mais próxima do presidente eleito.

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Outros órgãos também atuarão no evento, como o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o Exército, a Força Nacional e a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, e a PF não tem como afirmar se outros órgãos mudarão algo no esquema de segurança.

Esquema de segurança inédito

A posse de Jair Bolsonaro será feita em quatro etapas, com um inédito sistema de segurança na Esplanada dos Ministérios. Começará à tarde com um culto ecumênico na Catedral de Brasília. De lá, Bolsonaro deve desfilar ao lado da futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro, em um veículo que vai levá-lo até o Congresso Nacional, onde ele tomará posse como presidente. Na sequência ele segue para o Planalto e, à noite, haverá um coquetel no Palácio do Itamaraty.

A lista de convidados de Bolsonaro e da primeira-dama para a cerimônia do Congresso é de 140 pessoas. O grupo é formado majoritariamente por familiares e funcionários do gabinete do presidente eleito. A previsão é de que, ao todo, sejam convidadas 2 mil pessoas para esta etapa da posse, que contemplará a presença de deputados, senadores, ex-parlamentares e os eleitos para o Legislativo em outubro.

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No Legislativo, ocorre o juramento e um discurso do eleito que, na sequência segue para o Palácio do Planalto para receber a faixa do atual presidente da República, Michel Temer (MDB).

A lista de convidados para o Planalto deve ser reduzida, já que a capacidade do salão nobre do prédio é de, no máximo, 1.500 pessoas. De acordo com pessoas próximas à organização do evento, deverá haver uma limitação dos presentes por medidas de segurança.

Nos bastidores, aliados do eleito defendem sigilo por medidas de segurança. O GSI definiu regras de restrições de circulação na Esplanada no dia da posse. Mensagens foram disparadas para celulares da área do Distrito Federal orientando os moradores sobre objetos proibidos no dia 1º no entorno do Planalto.

O GSI já realizou um ensaio da posse no último domingo (23) e um novo teste é previsto para o próximo domingo (30), que deve contar com a participação de dublês de Bolsonaro e de sua mulher.

Ainda não há definição, por exemplo, se o presidente eleito desfilará em carro aberto ou fechado no dia da posse. De acordo com aliados, isso será decidido de última hora, com base em dados de segurança.

PM detonou mochila com suposto explosivo

A investigação sobre a tentativa de atentado na igreja em Brazlândia está sendo apurada pela 18ª Delegacia de Polícia Civil. Na madrugada de terça-feira (25), dia de Natal, agentes do Grupo Anti-Bomba do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM detonaram uma bolsa encontrada ao lado da igreja na Quadra 2/4 da cidade.

Segundo o jornal Correio Braziliense, uma pessoa passou em frente ao local e estranhou a presença de uma mochila esquecida ou abandonada ao lado do Santuário do Menino Jesus. Após ser acionada, a PM verificou que havia a possibilidade de ter um artefato explosivo na bolsa.

Os policiais precisaram isolar ruas próximas da igreja para detonar o material. A Operação Petardo, como foi batizada, começou por volta de meia-noite e foi concluída com sucesso perto das 4 horas.

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