Segundo a Polícia Militar, cerca de 3 mil pessoas participaram do ato público na Esplanada dos Ministérios.| Foto: José Cruz/Agência Brasil

O clima é de alívio no Palácio do Planalto. A adesão à greve geral ficou abaixo do anunciado pelas entidades que convocaram a paralisação, na avaliação do governo Temer. O Planalto monitora o andamento e possíveis desdobramentos dos protestos desde o início da manhã, mas não confirma se fará algum balanço oficial. Uma das possibilidades era que o ministro Moreira Franco, da Secretaria Geral da Presidência, comentasse a greve em nome do governo. Mas, diante da baixa aderência ao movimento, a ideia foi descartada.

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Oficialmente, o único escalado pelo governo para comentar as paralisações é o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, já que ele é o responsável pela estratégia de segurança nacional. Mas nenhum pronunciamento oficial foi feito ainda.

O presidente Michel Temer acompanhou o dia de protestos do Palácio do Planalto e manteve os compromissos previstos em sua agenda. Temer vai gravar um vídeo para circular apenas nas redes sociais com uma mensagem pelo Dia do Trabalho. A ideia é fazer uma defesa das reformas trabalhistas e previdenciária.

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Na quinta (27), a equipe de inteligência do governo federal identificou indícios de que os sindicalistas e movimentos sociais já percebiam, que embora fosse grande, a adesão à greve seria menor que o número que eles pretendiam e que, por isso, poderiam propor ações mais radicais no final desta sexta-feira (28). Por isso, ainda não se sabe se mais algum ministro poderia se pronunciar sobre os protestos.

A greve geral foi convocada por movimentos sociais e centrais sindicais em protesto contra a reforma trabalhista – que acaba de ser aprovada na Câmara dos Deputados – e da Previdência. A adesão foi mais frequente entre os servidores públicos e em categorias com sindicatos tradicionalmente fortes como bancários, professores e metalúrgicos.