Reportagem da revista Época publicada nesta segunda-feira (23) informa a existência de uma conta-corrente aberta especialmente para abastecer políticos e partidos em que consta alguém indicado como “Temer”. Ao todo, 64 nomes constam em uma planilha que registra as movimentações financeira da conta ao longo de nove meses.
O documento foi apreendido na sede da empresa JBS, em São Paulo, pela Polícia Federal, no dia 11 de maio de 2017, no âmbito da Operação Maquinários. Segundo Época, a planilha estava dentro de uma pasta no gabinete de Wesley Batista, um dos proprietários da empresa.
A suposta referência ao presidente Michel Temer registra que, no dia 2 de setembro de 2014, ele recebeu um “crédito” de R$ 1 milhão, segundo as anotações. Parte dessas transações já tinha vindo à tona, por meio de delações premiadas de executivos da JBS, e outra parte permanecia oculta até então.
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A data associada a Temer bate com informações prestadas, por meio de delação premiada, pelo lobista da JBS Ricardo Saud. É o mesmo dia que o doleiro disse ter determinado o pagamento, desse mesmo R$ 1 milhão, ao então vice-presidente.
A planilha traz detalhes como datas de pagamento, nome do recebedor e valores das transações. As anotações da JBS, feitas entre 25 de agosto de 2014 (data em que a conta foi aberta, com saldo inicial de R$ 320 mil) e 21 de janeiro de 2015, sugerem que a empresa depositou mais de R$ 56 milhões na conta.
O Palácio do Planalto foi procurado para comentar as informações, mas não retornou ao pedido da revista.
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