![Polícia do Rio descobre plano de milicianos para matar deputado Marcelo Freixo Marcelo Freixo (PSOL), eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro, ao lado de Monica Benício, viúva de Marielle Franco. | Tânia Rêgo/Agência Brasil](https://media.gazetadopovo.com.br/2018/12/4ea80c544732315a76fceacbb2fbf7fe-gpLarge.jpg)
A polícia interceptou nesta quarta-feira (12) um plano de milicianos que pretendiam matar o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro neste ano, durante um evento em Campo Grande, bairro da zona oeste da capital fluminense.
O atentado ocorreria na manhã deste sábado (15), quando o parlamentar se reuniria com professores da rede particular e militantes no sindicato da categoria (Sinpro). O objetivo era apresentar o partido e debater sobre a conjuntura política do país e do estado, atividade que foi divulgada em suas redes sociais.
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O evento foi cancelado após a equipe de Freixo receber, na tarde desta quarta, um comunicado do setor de inteligência da Secretaria de Segurança Pública informando que três milicianos, entre eles um policial militar, pretendiam assassiná-lo naquele bairro. Também receberam o alerta policiais civis, militares e o Ministério Público estadual.
As informações vieram por meio do Disque Denúncia, serviço de denúncias anônimas do estado. O caso foi revelado pelo jornal O Globo, segundo o qual os suspeitos estariam ligados também ao controle de operações ilegais da máfia de caça-níqueis e do jogo do bicho.
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De acordo com a equipe do político, por enquanto não há qualquer indício de relação do episódio com os assassinatos de Marielle Franco (PSOL), que já foi assessora e era amiga de Freixo, e seu motorista Anderson Gomes. A região das ameaças, porém, é reduto de milícias, que segundo o secretário de Segurança do Rio, general Richard Nunes, “com toda certeza” estão envolvidas na morte da vereadora.
Freixo presidiu a CPI das Milícias na Alerj (Assembleia Legislativa do estado) há dez anos e, desde então, passou a receber diversas ameaças de morte e a contar com proteção policial. No relatório final da comissão, ele pediu o indiciamento de mais de 200 políticos, policiais, agentes penitenciários, bombeiros e civis e listou medidas a serem tomadas para enfrentar esses grupos.
“Milicianos continuam assassinando, ameaçando autoridades, tiranizando milhares de pessoas abandonadas pelo Estado nas regiões mais pobres do Rio”, publicou o deputado em suas redes sociais nesta quinta ao comentar a nova ameaça. “Freixo é deputado federal eleito. Por isso, não se trata apenas de uma ameaça pessoal, é mais do que isso. Trata-se de uma ameaça à democracia”, escreveu.
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