Dois meses após a operação Carne Fraca, a Polícia Federal realiza nesta sexta-feira uma nova ofensiva contra corrupção envolvendo servidores do Ministério da Agricultura e empresas fiscalizadas pelo órgão. A operação Lucas mobiliza 120 policiais federais, que cumprem 62 mandados judiciais (10 prisões temporárias, 16 mandados de condução coercitiva e 36 mandados de busca e apreensão).
O trabalho se estende aos estados de Tocantins, Pará, São Paulo e Pernambuco. Serão bloqueadas contas bancárias e tornados indisponíveis bens móveis e imóveis no valor de R$ 2,2 milhões.
De acordo com nota da PF, o início da investigação surgiu com a denúncia de que frigoríficos e empresas de laticínios que são fiscalizadas pelo ministério teriam sido favorecidos em processo administrativo. Funcionários teriam retardado propositalmente a tramitação dos processos e anulado multas.
Além disso, segundo a apuração, a chefe de fiscalização do ministério teria recebido propina como uma espécie de “mesada” para despesas familiares. O esquema teria movimentado R$ 3 milhões entre 2010 e 2016.
O nome escolhido para a operação é uma menção ao livro de Lucas, na bíblia, que diz: “Não peçais mais do que o que vos está ordenado” e “A ninguém trateis mal nem defraudeis, e contentai-vos com o vosso soldo”.
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