Especialistas envolvidos na investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes, teriam identificado fragmentos de digitais nas cápsulas de pistola 9 mm usadas no crime. Em princípio, elas não seriam suficientes para uma comparação com impressões digitais armazenadas em bancos de dados. Mas poderiam, no entanto, ser confrontadas com as de eventuais suspeitos. As informações são do jornal O Globo.
Oficialmente, a polícia se limita a dizer que as investigações seguem sob total sigilo. Segundo O Globo, os fragmentos de digitais foram identificados nas cápsulas encontradas no local do crime, no Estácio, onde o carro da vereadora foi alvejado nove vezes.
O Globo sustenta ainda que a mesma equipe de policiais e promotores que investiga a morte da vereadora também se encarregou do caso da execução do líder comunitário Carlos Alexandre Pereira Maria, de 37 anos, no último domingo, na zona oeste, num tradicional reduto de milicianos. O líder comunitário, conhecido como Carlos Cabeça, também era colaborador do gabinete do vereador Marcello Siciliano (PHS), ouvido na semana passada como testemunha no caso de Marielle e Anderson.
Até agora, seis vereadores foram ouvidos como testemunhas do caso, entre partidários de Marielle e adversários políticos da vereadora - muitos deles têm seu reduto eleitoral em áreas dominadas por milícias. No último fim de semana, numa das maiores operações contra as milícias já realizadas, a polícia prendeu 149 pessoas.