A Polícia Civil indiciou nesta segunda-feira (9) o ex-vereador de Diadema (SP) Manoel Eduardo Marinho, conhecido como Maninho do PT, e seu filho Leandro Eduardo Marinho pela agressão a um manifestante crítico ao ex-presidente Lula, na quinta-feira (5).
A vítima, o administrador de empresas Carlos Alberto Bettoni, sofreu traumatismo craniano em frente ao Instituto Lula, no Ipiranga, em São Paulo. A confusão ocorreu minutos depois de Lula deixar o instituto e se dirigir ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP).
Segundo a polícia, os dois suspeitos prestaram depoimento na tarde desta segunda e foram indiciados por lesão corporal dolosa (quando há intenção de agredir outra pessoa). As investigações continuarão nos próximos dias. O caso está no 17º DP (Ipiranga).
Para esta terça-feira (10), está previsto um exame de corpo de delito em Bettoni, que segue internado. Ele passou por uma cirurgia.
O administrador foi empurrado durante uma confusão após a ordem de prisão de Lula ser expedida pelo juiz Sergio Moro. Na queda, Bettoni bateu a cabeça no para-choque de um caminhão e caiu na rua. Ele ficou desacordado e com a cabeça ensanguentada. Logo depois, foi levado até o hospital para atendimento.
No fim de semana, o ex-vereador de Diadema (SP) lamentou o ocorrido e disse que tem sofrido retaliações. “Por conta das vinculações que têm sido feitas pelas mídias, onde está sendo reproduzida somente uma parte da situação, a família tem sofrido hostilização e retaliação por parte da população”, afirmaram, em nota, advogados de Maninho do PT. O ex-vereador hoje é assessor parlamentar do deputado estadual Teonilio Barba (PT).
A mulher de Bettoni, Terezinha Quaresma, disse que seu marido expressou “a revolta de muita gente” ao insultar o senador petista Lindbergh Farias na porta do instituto, atitude que foi o estopim da confusão e das agressões praticadas por apoiadores do PT. O administrador, segundo ela, “não é uma pessoa fanática. Está muito revoltado com o PT e essa política que temos acompanhado. Mas nada justifica alguém tentar assassinar outra pessoa por ataques verbais”.