A Polícia Civil de Minas Gerais passou a considerar como foragido o ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB). O tucano teve o mandado de prisão expedido pelo Tribunal de Justiça do estado na terça-feira (22). O político foi condenado a 20 anos e 1 mês de prisão por peculato (desvio de dinheiro público) e lavagem de dinheiro no esquema do mensalão tucano.
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Até manhã desta quarta-feira (23), Azeredo não foi encontrado pelos policiais, que também não conseguiram contato com seus advogados. Ele pode se entregar em qualquer delegacia. Até terça-feira à noite, uma negociação para sua entrega estava em curso.
Entenda o caso
Azeredo foi inicialmente condenado em 2015, mas recorreu ao Tribunal de Justiça. Em agosto passado, por 2 votos a 1, os desembargadores mantiveram a condenação em segunda instância. Desde então, Azeredo teve dois recursos negados no TJ – o último no dia 24.
A denúncia oferecida em 2007 pela Procuradoria-Geral da República, quando Azeredo ocupava o cargo de senador, acusa o tucano de desviar R$ 3,5 milhões de empresas estatais de Minas (Copasa, Comig e Bemge) para sua fracassada campanha à reeleição de 1998.
As empresas pagaram os valores para a SMP&B, do publicitário Marcos Valério, para supostamente patrocinar três eventos esportivos. A orientação para que as estatais concedessem o patrocínio partiu da Secretaria de Comunicação do governo. As investigações mostram, porém, que os recursos foram usados para cobrir empréstimos da campanha junto ao Banco Rural.
O processo de Azeredo teve início no STF, com o acolhimento da denúncia em 2009. Em 2014, quando a ação estava pronta para ser julgada e o tucano era deputado federal, ele renunciou ao cargo, numa estratégia para voltar à primeira instância e retardar o fim do processo.
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