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Benedito de Lira (PP-AL) discursa no Senado: rejeição da denúncia “tira um mundo das costas”.  | Ana Volpe    /    Agência Senado
Benedito de Lira (PP-AL) discursa no Senado: rejeição da denúncia “tira um mundo das costas”. | Foto: Ana Volpe / Agência Senado

Aliviados por escaparem na Lava Jato das acusações de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o pai senador e o filho deputado comemoraram. O senador Benedito de Lira (PP-AL) e deputado Arthur Lira (PP-AL) estão entre os parlamentares que tiveram rejeitadas as denúncias contra eles apresentadas pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot.

A Segunda Turma do STF os livrou, por 2 votos a 1, do "martírio" que vinham passando nos últimos três anos.

Benedito de Lira disse que sua "absolvição" vai lhe tirar o mundo das costas e será favorável a tentativa de reeleição como senador em 2018. Ele afirmou que não havia fundamentos legais para que ele fosse denunciado por delatores, o que teria sido percebido pelos ministros.

“Recebi a notícia (do STF) com alegria”, disse. “Disputar a eleição com denúncia pesando contra é uma coisa. Sem a denúncia, é outra coisa. Tira um mundo de suas costas. Está resgatada a verdade.” 

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Com a notícia da decisão da maioria dos ministros do STF, Lira vai se concentrar agora em sua campanha.  “Vou rever os amigos para montar uma estratégia”, declarou, sobre sua possível candidatura à reeleição. 

Ele e o filho foram apontados por delatores da Lava Jato, em 2015, como beneficiários de R$ 2,6 milhões de propina, entre 2010 e 2011, num esquema na Diretoria de Abastecimento da Petrobras. 

"Você não sabe o que é ficar com uma acusação dessa durante três anos. Imagina o que é ficar respondendo à sociedade e exposto nesse período todo. Agora é tocar a vida", disse Arthur Lira, que buscará a reeleição para a Câmara.

O parlamentar era cumprimentado nos corredores e no plenário por colegas, depois da decisão do STF. Até o líder de um outro partido, José Rocha (PR-BA), fez um discurso, o único registrado. "Justiça foi feita ao deputado Arthur Lira", afirmou. 

Acusado pelo procurador de intermediar um suposto repasse de R$ 10 milhões para seu conterrâneo e então presidente nacional do PSDB Sérgio Guerra, já falecido, o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) também teve seu caso arquivado na mesma sessão da Segunda Turma. O caso teria ocorrido em 2009 e foi revelado por Paulo Roberto Costa, delator e ex-diretor da Petrobras. 

O deputado se disse "aliviado" e que a justiça foi feita. E fez agradecimentos. 

"Só posso agradecer. Agradecer a Deus, ao Supremo, aos meus advogados e ao povo de Pernambuco", afirmou à Gazeta do Povo. "Foram três anos de martírio e a verdade apareceu. Vou buscar minha reeleição com serenidade agora." 

Na votação da turma, faltaram dois ministros: Celso de Mello e Ricardo Lewandowski. O relator da Lava Jato pediu aos dois que compareceram – Gilmar Mendes e Dias Toffoli –, que votaram contra o ministro e a favor da rejeição da denúncia, que adiassem o julgamento. Mas não adiantou.

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