O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, informou o presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati, de sua pretensão de concorrer à Presidência em 2018, em uma iniciativa paralela à disputa velada entre João Doria e Geraldo Alckmin.
Em carta obtida pela Folha, Virgílio lança uma indireta a Doria, prefeito de São Paulo, que não admite sua disposição em concorrer, embora converse com outros partidos sobre o pleito, em caso de o PSDB não o escolher. “Externo-lhe minha determinação de disputar, obviamente que sem a leviandade de trocar de sigla, o próximo pleito presidencial”, disse Virgílio.
Como Alckmin, o prefeito de Manaus defende prévias para a definição do presidenciável, opção à qual Doria tem reservas – ele sugere o exame de pesquisas de intenção de voto, além da eleição interna.
“Oficializo, portanto, neste ato, a candidatura no contexto das prévias, estabelecidas no artigo 151 e seguintes dos estatutos partidários.”
Ex-senador e ex-deputado, Virgílio listou como prioridades de sua campanha a responsabilidade fiscal, “a crescente proeminência das facções criminosas que oligopolizam a violência e o tráfico de drogas”, entre outras.
“Enfrentarei a luta com honra e dedicação. E essa luta precisará ser aberta e focada tanto no front interno quanto na sociedade ampla, externa ao PSDB. A depender de mim, os debates entre os pré-candidatos haverão de ser frequentes, francos e, sem dúvida fraternos com os brasileiros perplexos de hoje”, concluiu.
Alckmin, governador de São Paulo, também já admite publicamente seu desejo de concorrer. Segundo o último levantamento do Datafolha, Doria e Alckmin têm desempenho similar nas simulações de primeiro turno.
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