Após depor por cerca de duas horas ao juiz Sergio Moro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva repetiu o roteiro da primeira visita que fez à Justiça Federal, em Curitiba, e participou de um ato público no Centro da cidade. Do alto de um caminhão de som, ele foi aplaudido e ovacionado pela militância que encheu a Praça Generoso Marques no início da noite desta quarta-feira (13).
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Em um discurso de quase 15 minutos, que começou às 18h55, Lula repetiu a mesma retórica de sempre, alegando ser inocente e alvo de uma manobra das “elites” para não ser candidato em 2018. “Eu tenho a vergonha na cara que eles nunca tiveram”, foi uma das frases proferidas. Voltou a dizer que não há provas que o incriminem e afirmou categoricamente que jamais “mentiria para o povo brasileiro”, a ponto de preferir a morte a isso.
“Eu jamais mentiria pra vocês. Eu prefiro a morte a passar uma mentira ao povo brasileiro. Eu não sei quantos processos eu tenho. Mas quem tem a sede de Justiça que eu tenho, quem não morreu de fome até completar 5 anos de idade no Nordeste como eu, não tem medo de nada”, discursou.
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Ao lado da presidente nacional do PT, a senadora Gleisi Hoffmann, Lula disse aos presentes para não se preocuparem com os interrogatórios feitos pelo juiz Moro. “Virei a Curitiba prestar quantos depoimentos forem necessários. Eu não estou acima da lei, eu quero respeitar a Justiça brasileira, a Constituição... A única coisa que eu peço é que quem está me acusando tenha a dignidade de provar”, bradou.
“Só quero que a operação Lava Jato aqui de Curitiba e não o Ministério Público, porque é uma instituição que eu respeito, tenha a coragem de dizer: ‘nós não temos provas contra o Lula’”, disse. Ao fim, às 19h09, agradeceu o apoio de todos os presentes. “Um Lula incomoda muita gente, mas um milhão de Lulinhas, como vocês, incomodam muito mais. Obrigado”, afirmou.
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