A irmã do senador Aécio Neves (PSDB), Andrea Neves, foi presa na manhã desta quarta-feira pela Polícia Federal na região metropolitana de Belo Horizonte. A jornalista carrega um histórico de “mão invisível” por trás da trajetória política do congressista tucano. Em entrevista exclusiva concedida à Gazeta do Povo, em março de 2014, em Belo Horizonte, ela disse que havia se transformado em uma espécie de “lenda urbana” e que possuía muito menos influência do que se imaginava.
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Além da atuação na área de assistência social das gestões Aécio e Antonio Anastasia (PSDB), em Minas Gerais, entre 2003 e janeiro de 2014, a jornalista ganhou destaque pela participação no Grupo Técnico de Comunicação, montado para gerir a publicidade estatal.
“Há uma concentração de energia em torno de mim porque me atribuem uma importância que efetivamente eu não tenho”, afirmou, na época. Segundo ela, a lenda tinha dois lados. “Pelo positivo, me dão crédito pelo êxito da comunicação do governo, por outro, virei alvo da oposição.”
Também ouvido pela reportagem à época, o deputado estadual mineiro Sávio Souza Cruz (PMDB) disse que a estratégia de criar o Grupo Técnico de Comunicação era apenas uma forma de concentrar os recursos de publicidade nas mãos de Andrea, que teria poder de pressão sobre os veículos de imprensa. “Foi uma forma de institucionalizar o que o Aécio queria, o controle total do estado”, diz o parlamentar.
A jornalista, que nunca recebeu salário pelas funções que desempenhou no governo, dizia que a fama era inflada pelo perfil discreto e por uma “brincadeira” do irmão, que costumava dizer que era ela quem mandava no governo. Andrea também se admite como protetora. “Eu sou a filha mais velha e toda filha mais velha tem essa coisa de proteção, inclusive pela nossa irmã caçula.”
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