| Foto: LULA MARQUES/AGPT

Com o presidente Michel Temer em viagem aos Estados Unidos, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), recebeu nesta terça-feira (19) no gabinete presidencial, no Palácio do Planalto, artistas e cineastas que defendem a saída do peemedebista do cargo.

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O grupo da classe artística tinha uma audiência marcada com o parlamentar no Congresso Nacional, mas Maia decidiu transferi-la para a sede do Poder Executivo, já que ele assumiu interinamente o cargo com a ausência do presidente do país.

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A comitiva foi formada, entre outros nomes, pelo ator Antonio Pitanga, pelo cantor Paulo Miklos, pelo diretor Cláudio Assis e pela produtora Sara Silveira. Eles foram acompanhados por parlamentares de oposição, como o senador Humberto Costa (PT-PE) e os deputados federais Paulo Teixeira (PT-SP) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

Para os parlamentares, foi a primeira vez que eles voltaram ao Palácio do Planalto desde o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, no ano passado. “É a primeira vez que volto aqui e não voltarei. Na verdade, estamos aqui porque o Rodrigo Maia está aqui. Nós tentamos que fosse lá, mas ele não pode sair”, disse Jandira.

Lei do audiovisual

A audiência teve como objetivo cobrar o Congresso Nacional a revogar o veto presidencial à Lei do Audiovisual. No mês passado, o presidente vetou a prorrogação até 2019 de incentivos previstos na medida, o que havia sido aprovado pelo Poder Legislativo.

A decisão causou insatisfação na classe artística e foi alvo de protestos, por exemplo, no Festival de Gramado, no final de agosto. Além de Maia, o grupo artístico se reuniu com o líder do governo no Senado Federal, Romero Jucá (PMDB-RR). Segundo eles, o peemedebista apoiou a reivindicação pela revogação do veto.

“Eu venho aqui como cidadão e a democracia me permite isso. Eu continuo sendo contra ele [Temer], mas eu venho dialogar em relação à minha nação”, disse Pitanga.

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Ele cobrou que o governo peemedebista tenha um comprometimento maior com políticas culturais e criticou as trocas recentes no comando do Ministério da Cultura. Em menos de dois anos, o cargo já foi ocupado por três ministros diferentes.

“Essa troca mostra um desinteresse que se tem pela cultura no país”, disse.

Na tentativa de turbinar o DEM, que deve mudar de nome, Maia tem se aproximado de partidos da esquerda. A ideia é filiar à legenda dissidentes, por exemplo, do PSB e fazê-la ocupar o espectro político do centro, distanciando-se da direita.