O Supremo Tribunal Federal (STF) acrescentou na quinta-feira (14) mais dois itens ao inferno astral da Lava Jato, que completa cinco anos no domingo (17).
Na maior derrota da operação, os ministros decidiram, por seis votos a cinco, que crimes comuns (como corrupção e lavagem de dinheiro) que tenham relação com crimes eleitorais (como o caixa dois) devem ser julgados pela Justiça Eleitoral, e não pela Justiça Federal. Ao comentar o resultado, o chefe da força-tarefa de Curitiba, Deltan Dallagnol, disse que “começou a se fechar a janela de combate à corrupção política que se abriu há cinco anos”.
No mesmo dia, o ministro Dias Toffoli, presidente do STF, abriu um inquérito para ataques e notícias falsas contra o Tribunal, dias depois de um dos procuradores da Lava Jato em Curitiba, Diogo Castor de Mattos, fazer declarações na imprensa contra a Corte, afirmando que ministros estariam ensaiando um golpe contra a Lava Jato.
ENTENDA: O impacto da decisão do STF na Lava Jato. Será mesmo o fim?
A operação já vinha sendo alvo de críticas pela criação de um fundo de R$ 2,5 bilhões – depositados em juízo pela Petrobras – para financiar projetos de cidadania e combate à corrupção. O dinheiro seria administrado pelo Ministério Público Federal (MPF). Até da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que é a chefe do MPF, se posicionou contra o fundo, afirmando que a força-tarefa extrapolou suas atribuições constitucionais e legais.
Acompanhe a análise no Café da República desta sexta-feira (15).
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