A Previdência Social registrou um deficit de R$ 268,8 bilhões em 2017, considerando os resultados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e do regime dos servidores públicos da União. O valor é 18,5% maior do que o registrado em 2016, quando o rombo foi de R$ 226 bilhões.
O déficit do INSS foi de R$ 182,5 bilhões no ano passado – este número engloba os valores pagos em aposentadorias e pensões de trabalhadores da iniciativa privada, aposentadorias rurais e benefício de prestação continuada. O resultado foi melhor do que o governo esperava – a última projeção, divulgada em dezembro, era de um resultado negativo em R$ 185,8 bilhões. Em relação a 2016, quando o déficit foi de R$ 149,7 bilhões, houve um crescimento de 21,9%.
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O resultado do regime dos servidores da União apresentou um déficit de R$ 86,3 bilhões em 2017. Este é o valor do déficit com aposentadorias e pensões pagas a funcionários públicos e militares e ele teve uma alta de 11,6% em relação a 2016.
Os números da Previdência mostram uma aceleração no déficit no pagamento de aposentadorias urbanas, com aumento de R$ 46,3 bilhões em 2016 para R$ 71,7 bilhões no ano passado. Essa elevação é consequência de uma combinação de desemprego elevado (que reduz a arrecadação) e demografia desfavorável (com mais pessoas se aposentando e menos gente entrando no mercado de trabalho). No caso da aposentadoria rural, a elevação foi menos acentuada, de R$ 103,3 bilhões para R$ 110,7 bilhões.
Para este ano, a expectativa do governo é de que o déficit no regime geral de Previdência (o do INSS) será de R$ 192 bilhões. Segundo o secretário de Previdência Social, Marcelo Caetano, a aprovação da reforma da Previdência ainda no primeiro trimestre, como pretendido pelo governo, provocaria uma redução entre R$ 5 bilhões e R$ 6 bilhões no déficit.