A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, esteve em um acampamento de apoiadores do ex-presidente Lula neste domingo (8), nas proximidades de Superintendência da PF em Curitiba, e cobrou um posicionamento da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber, que poderia favorecer o petista em julgamento nesta semana.
Rosa votou contra a prisão de condenados em segunda instância, como é o caso de Lula, em julgamento a respeito do assunto em 2016. Na sessão em que foi negado o habeas corpus preventivo a Lula, porém, ela disse que iria seguir a tese vencedora na corte naquele ano, a favor da prisão de condenados, o que acabou sendo determinante para a detenção do ex-presidente.
LEIA MAIS: Advogado de Lula aposta em reversão da prisão do ex-presidente
“Temos expectativa na quarta-feira [11] de que a ministra Rosa Weber cumpra com aquilo que falou no julgamento em que ela participou do habeas corpus do ex-presidente Lula de que iria rever a decisão.” Ela disse que os advogados estão fazendo contatos convencionais com os ministros. O caso pode voltar a ser discutido no Supremo nesta semana.
Gleisi também citou expectativa com recursos em cortes internacionais, como a Comissão de Direitos Humanos da ONU.
Sobre os primeiros momentos de Lula na superintendência em Curitiba, Gleisi, que não o visitou, disse que “ocorreu tudo bem”. “O presidente chegou muito bem aqui, foi bem tratado, foi respeitado. Ele chegou cansado. O presidente estava há dois dias praticamente dormindo pouco ou não dormindo. O presidente foi colocado em instalações dignas e ele estava bem.”
LEIA MAIS: ‘Mobilização da militância trará Lula de volta’, diz Gleisi
A presidente do PT disse também que autoridades internacionais e congressistas querem se encontrar com Lula no Paraná. A Comissão de Direitos Humanos da Câmara e do Senado também quer se reunir com ele em Curitiba.
Ela conversou com os governadores do Ceará, Camilo Santana, e do Piauí, Wellington Dias, ambos do PT, e falou que os nove governadores do Nordeste pretendem visitar Lula nesta semana. “Tenho dúvidas se precisa de decisão judicial [para essas visitas]. Senadores e deputados têm representatividade pública e têm direito a visitar o presidente, que também é uma figura política.”