| Foto: Vagner Rosario/Futura Press

O procurador da República e integrante da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba Carlos Fernando Lima disse nesta terça-feira (27) nas redes sociais que há provas “mais que suficientes” para condenar o presidente Michel Temer (PMDB) por corrupção passiva. Lima ainda disse que Temer usa a mesma tática do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para atacar a denúncia oferecida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nesta segunda-feira (26): dizer que não há provas suficientes e que Janot atua contra a classe política como um todo.

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A manifestação de Lima também deixa claro que o Ministério Público Federal (MPF) acredita que há provas suficientes para condenar Lula na Lava Jato. Nos próximos dias, o juiz Sergio Moro pode decidir se condena ou não o ex-presidente no caso do tríplex no Guarujá. Os procuradores afirmam que Lula recebeu benesses da OAS por contratos da empreiteira com a Petrobras através da compra e reforma de um imóvel no Guarujá. A defesa nega que o ex-presidente seja o dono do tríplex e acusa o MPF de pedir a condenação do petista sem provas.

“Temer usa a mesma tática de Lula. Em ambos os casos há provas claras e mais que suficientes para a condenação. Políticos gostam de dizer que estão sendo vítimas de perseguição política. Mas os tempos mudaram e essa tática não funciona mais, salvo para os desavisados, ingênuos ou partidários”, disse Lima no Facebook.

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No caso de Temer, o procurador o desafia, ainda, e enfrentar as provas em um processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “Cada vez mais os poderosos, sejam empresários ou políticos, têm que enfrentar as provas. Se é assim, deveria Temer pedir à Câmara dos Deputados que autorize o processo no STF. Ele que enfrente as provas”, finaliza o procurador.

Temer foi denunciado nesta segunda-feira (26) por Janot por corrupção passiva, junto com o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures. Essa é a primeira denúncia da PGR contra o presidente com base no acordo de colaboração premiada dos executivos da JBS. Para que o STF possa julgar o presidente, a Câmara dos Deputados precisa aceitar a denúncia de Janot.

A denúncia segue para a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara e, em seguida, para o Plenário da Casa, onde precisa do voto de 342 votos para ser aceita – dois terços do total de parlamentares.