A produção de petróleo no pré-sal ultrapassou, pela primeira vez, o volume extraído em campos do pós-sal no país, informou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). De acordo com boletim divulgado nesta segunda-feira (31) pela agência, os campos do pré-sal produziram em junho uma média de 1,352 milhão de barris de petróleo por dia, acima dos 1,321 milhão de barris produzidos em poços no pós-sal.
São considerados pré-sal os poços que extraem petróleo e gás de reservatórios localizados abaixo de uma extensa camada de sal no subsolo marinho, que se estende do litoral de Santa Catarina ao Espírito Santo. A existência de reservas abaixo desta camada foi confirmada em 2006. No ano seguinte, a Petrobras e seus sócios confirmaram o grande potencial da área de Tupi, com reservas estimadas na época em cinco a oito bilhões de barris.
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Rebatizado de Lula, o campo é hoje o maior produtor do país, com a média de 763 mil barris de petróleo por dia em junho, de acordo com a ANP. Sua descoberta deu início ao processo de mudança na lei para garantir exclusividade da estatal na operação das reservas gigantes do pré-sal, aprovada durante o último governo Lula em 2010 e revista em 2016 após a posse do presidente Michel Temer.
Em junho, segundo a ANP, 77 dos 8.220 poços produtores no Brasil extraíram de reservatórios abaixo da camada de sal. Ao todo, a produção nacional de petróleo somou 2,675 milhões de barris por dia em junho, crescimento de 0,8% em relação a maio e de 4,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Somando o gás, a produção nacional foi de 3,374 milhões de barris de óleo equivalente. A produção de gás natural foi de 111 milhões de metros cúbicos por dia, dos quais 53 milhões foram extraídos de poços no pré-sal.
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