O PSD do ex-ministro e ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab vai filiar no final da tarde desta quarta-feira (30) mais dois senadores e, com isso, se tornará a segunda maior bancada da Casa a partir de sexta (1º), quando tomam posse os novos congressistas.
O partido já havia anunciado a filiação de Carlos Viana (MG), eleito pelo PHS. Agora, afirma ter fechado com os senadores Lucas Barreto (AP) e Nelsinho Trad (MS), ambos eleitos pelo PTB.
O PSD terá uma bancada de 10 dos 81 senadores, só atrás do MDB, que reunirá 13.
Kassab tem atuado nos bastidores para levar votos para a candidatura de Renan Calheiros (MDB-AL) à presidência do Senado. A votação será na sexta e é secreta.
Segundo aliados, ao menos 5 dos 10 senadores do PSD vão apoiar Renan, que disputará o cargo contra candidatos mais alinhados ao Palácio do Planalto.
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Com as duas mudanças, já são sete os senadores eleitos que mudaram de legenda desde outubro.
Na Câmara, o troca-troca partidário já levou o PSL do presidente Jair Bolsonaro a se igualar ao PT como a maior bancada na legislatura 2019-2023. Ambas as siglas, que são antagônicas entre si, têm até agora 55 das 513 cadeiras.
Os números vão se alterar até a semana que vem. DEM e PR, por exemplo, afirmam que já acertaram a filiação de mais cinco deputados federais, cada um, mas não divulgam ainda os nomes.
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A atual temporada de migrações dos políticos entre as legendas é reforçada pelo fato de que 14 das 35 siglas do país não conseguiram atingir em outubro a chamada “cláusula de barreira”, que é um desempenho mínimo de votos nos estados.
Devido a isso, os políticos eleitos por essas siglas ficaram liberados para migrar para legendas maiores sem o risco de perder o mandato por infidelidade.