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| Foto: NELSON ALMEIDA/AFP

As principais lideranças do PSDB passaram quatro horas reunidas na noite desta segunda-feira, 10, no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, mas não definiram se o partido desembarca ou não do governo de Michel Temer. Segundo o presidente interino da legenda, senador Tasso Jereissati (CE), a decisão não poderia ser tomada hoje porque é um assunto da alçada da Executiva do PSDB.

Os tucanos resolveram fazer uma convenção no mês que vem para eleger uma nova direção executiva para o partido - o que incluir o cargo de presidente. Tasso assumiu o comando da legenda em maio, após a revelação do envolvimento do então presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (PSDB), na delação do empresário Joesley Batista, da JBS.

Os tucanos também pretendem aproveitar a convenção fazer uma reflexão sobre as propostas do partido para o Brasil. “Precisamos revisitar o nosso programa”, disse Tasso. Segundo ele, o PSDB tem passado por um processo de envelhecimento e, portanto, precisa de um renovação. “Precisamos refletir sobre nossos erros”, afirmou.

O senador também comentou sobre a reforma da Previdência e disse que “é muito difícil” que a proposta seja votada no Congresso no segundo semestre deste ano. A reunião convocada pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, contou com as presenças de Tasso, Aécio, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do prefeito de São Paulo, João Doria, do senador José Serra (SP) e dos governadores Beto Richa (PR), Reinaldo Azambuja (MS), Pedro Taques (MT), além de outros parlamentares.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou há pouco que o PSDB deve apresentar, em convenção prevista para agosto, “um conjunto de propostas ousadas” para o Brasil. Segundo o tucano, algumas dessas propostas devem incluir a defesa do voto distrital misto e a adoção do parlamentarismo, além de medidas para tornar as campanhas mais baratas e proibir as coligações proporcionais.

A declaração de Alckmin foi dada após uma reunião de cerca de 4 horas realizada no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, com as principais lideranças do partido, entre elas o presidente interino da sigla, senador Tasso Jereissati (CE), o presidente afastado, senador Aécio Neves (MG), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o senador José Serra (SP) e o prefeito de São Paulo, João Doria. “Foi uma reunião muito proveitosa. Vai ficando claro na cabeça dos líderes qual é o rumo do partido”, disse o governador.

De acordo com Alckmin, a convenção que deve ocorrer em agosto também deve discutir sugestões para a área econômica, com “reformas macro e micro”. “Será um conjunto de propostas ousadas do PSDB para o Brasil”, afirmou o governador.

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