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Oposicionistas comemoram a derrota do governo na Comissão de Assuntos Sociais: voto de tucano ajudou no placar contra a reforma trabalhista. | Marcos Oliveira/Agência Senado
Oposicionistas comemoram a derrota do governo na Comissão de Assuntos Sociais: voto de tucano ajudou no placar contra a reforma trabalhista.| Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O senador José Aníbal (PSDB-SP) disse que o PSDB vai votar pela aprovação da reforma trabalhista na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que deve ocorrer na semana que vem, e também no plenário. “Vamos votar totalmente a favor”, disse ele a jornalistas, após participar de evento na Câmara Municipal de Barueri (SP).

Na terça-feira, um parlamentar do partido, o senador Eduardo Amorim (PSDB-SE), votou contra o relatório da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado. Para Aníbal, houve nesta votação uma atitude “meio frouxa” do governo. “Era uma votação crucial, não podia ter deixado de confirmar e reconfirmar os votos.” Na avaliação de Aníbal, era preciso que o governo identificasse potenciais surpresas nos votos da CAS e substituísse os parlamentares. Na votação, até um senador do partido de Michel Temer, o PMDB, votou contra o relatório da reforma. A perspectiva, agora, é de que o texto seja aprovado na CCJ e, em seguida, no plenário, disse o senador.

Leia também:A reforma trabalhista e a derrota do governo (editorial de 22 de junho de 2016)

Aníbal ressaltou que não há, no momento, reunião marcada para discutir os rumos do apoio do PSDB ao governo de Michel Temer. “Certamente esta vai ser uma semana de muita conversa em Brasília”, disse ele, citando entre os eventos previstos para os próximos dias a apresentação da denúncia pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra Temer.

FGTS

Questionado sobre a intenção do governo de permitir que o FGTS seja usado para substituir o seguro-desemprego, medida em estudo conforme admitiu o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, Aníbal disse que é “totalmente contra” a ideia. “Acho que essa é uma posição que vai se tornar a do PSDB.” Para o senador, quem tem de arcar com os recursos do seguro-desemprego é o Tesouro, e não utilizar dinheiro dos próprios trabalhadores.

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