A Executiva do PSOL decidiu nesta quarta-feira defender nova e imediata eleição para presidente da República. O partido entende que o país vive sua maior crise desde a volta da democracia, em meados dos anos 80, e que não haveria condições de Michel Temer (PMDB) continuar no Palácio do Planalto.
Os dirigentes da legenda defendem ainda a investigação de Temer e anunciaram que irão estudar cada um dos casos das dezenas de parlamentares investigados desde ontem pelo STF e que devem sugerir representações que podem levar à perda de mandato daqueles cujos indícios são mais graves. O partido quer ainda que todos os investigados que ocupem cargos de comando no Legislativo - caso dos presidentes da Câmara e do Senado, citados - e os oito ministros do governo deixem os postos imediatamente.
“O presidente Rodrigo Maia (Câmara) não tem, por exemplo, condições de conduzir os trabalhos nesse momento. Espero que ele deixe o cargo até para fazer sua defesa. O mesmo vale para o presidente do Senado (Eunício Oliveira) e os ministros do governo. E também parlamentares que sejam relatores de matérias importantes”, disse o líder do PSOL na Câmara, Glauber Braga (RJ).
O partido ainda entrará com pedido no STF para que Temer seja investigado, mesmo com a proibição legislativa de se processar presidente em exercício do cargo. Mas, acredita o partido, ser possível que se abra investigação contra ele.
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