| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

O Comando do PT de Ribeirão Preto decidiu abrir processo para expulsão do ex-ministro Antonio Palocci. Em reunião realizada nesta segunda-feira (18), foi unânime a decisão pela abertura de processo no conselho de ética do partido, que se reunirá ainda esta semana.

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Embora já tenha chamado Palocci de preso político, o presidente do PT de Ribeirão Preto, Fernando Tremura, encaminhou seu voto pelo desligamento do ex-ministro, sob o argumento de que ele foi obrigado a mentir em troca de benefícios na operação Lava Jato.

Em depoimento ao juiz Sergio Moro, Palocci disse que o ex-presidente Lula firmou com a Odebrecht um “pacto de sangue” no qual o governo do PT atenderia aos interesses da empreiteira e a construtora se comprometia a pagar R$ 300 milhões em propinas ao partido. E afirmou que a compra, pela Odebrecht, de um terreno de R$ 12,4 milhões em São Paulo para ser a sede do Instituto Lula era pagamento de propina.

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Apesar da decisão, integrantes do comando partidário têm procurado parentes de Palocci para que ele tome a iniciativa de se desfiliar encerrando o debate interno. Mesmo contrariado com o depoimento de Palocci, Tremura diz que é com tristeza que conduz o processo de expulsão. “É um relacionamento antigo”, disse Tremura, segundo quem “Palocci poderá se desfiliar a qualquer momento”.

Segundo petistas, Tremura resistia à abertura de procedimento no conselho de ética. O presidente estadual do PT, ex-ministro Luiz Marinho, determinou, porém, prazo de dez dias para que o diretório municipal abrisse o processo. Do contrário, o comando estadual assumiria a tarefa. A decisão de Marinho aconteceu após uma reunião no instituto Lula.

Uma das preocupações no partido é com Dona Antonia, mãe de Palocci. Segundo petistas, Dona Toninha estaria muito abalada desde a prisão do filho, sendo obrigada inclusive a mudar de endereço. Militante partidária, ela tem se trancado em casa, ainda segundo relato de petistas.

Numa tentativa de se reerguer após o impacto do depoimento de Palocci ao juiz Sergio Moro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu seus colaboradores na tarde desta segunda para organização de uma nova caravana.

Desta vez, em Minas Gerais. Em outubro, a comitiva deverá percorrer a região de Montes Claros, Murici, Vale do Jequitinhonha, Vale do Aço, do Rio Doce e Região Metropolitana.

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