Lula poderá ter como vice na chapa para presidente Manuela D’Ávila, recém-anunciada como candidata pelo PCdoB. A proposta foi formalizada ainda sexta-feira (3) em uma reunião entre a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), e dirigentes do PCdoB.
Apesar do convite, o ex-presidente determinou que a indicação da vice não seja feita neste sábado (4). Embora o partido tivesse manifestado desejo para seguir a recomendação da lei eleitoral (que determina que o vice e presidente sejam anunciados até 24 horas depois do prazo final para as convenções, ou seja, 5 de agosto), o ex-presidente decidiu brecar as negociações.
Gleisi e o ex-prefeito Fernando Haddad decidiram viajar na tarde desta sexta (3) a Curitiba para consultar Lula sobre o nome que seria indicado pelo partido.
Na saída da Superintendência da Polícia Federal, Gleisi anunciou que o PT não iria indicar um vice na chapa neste momento. “Não tivemos jurisprudência que mude a regra do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no prazo para apresentação da vice. Vamos encaminhar junto à executiva nacional”, afirmou.
A ideia era unir pelo menos uma parte da esquerda, já que a avaliação de Lula é a de que a eleição deste ano será polarizada e só terá espaço para um nome de cada campo: um da direita e outro da esquerda. Neste sentido, uma das estratégias é boicotar a campanha de Ciro Gomes.
Haddad é um dos cotados como plano B do PT caso Lula seja impedido de concorrer em outubro. Gleisi afirmou nesta sexta-feira (3) que o PT decidiria somente no sábado (4), durante a convenção nacional do partido, qual será o vice na chapa virtual de Lula -que deve ser impugnada com base na Lei da Ficha Limpa. Agora, os planos mudaram.
As opções do PT levadas para a decisão de Lula, eram as seguintes: indicar Manuela D’Ávila (PC do B); ou Haddad ou Gleisi para a vaga, passível de substituição a até 20 dias da eleição; ou ainda escolher uma espécie de tampão, um nome que não levantaria expectativas sobre plano B mas também pronto para a troca durante o processo.