O presidente Michel Temer deve transferir simbolicamente a capital do país para a cidade de Itu, a 101 km de São Paulo, na próxima quarta-feira (15), dia da Proclamação da República. Segundo assessores e auxiliares que confirmaram a intenção do presidente, o gesto tem como objetivo fazer uma homenagem à cidade paulista onde foi realizada a primeira reunião do movimento republicano, que colocou fim à monarquia em 1889.
A iniciativa tem apenas um significado figurativo e não se trata de uma mudança estrutural. O peemedebista viajará para Itu, conhecida como “cidade dos exageros” por exibir objetos em tamanho gigante, no feriado da Proclamação da República, onde participará de uma solenidade comemorativa.
Ele acompanhará cerimônia de entrega do título de cidadão ituano para o advogado José Bandeira de Mello, amigo do presidente desde o início de sua carreira no campo jurídico.
O presidente também deve gravar um vídeo para as redes sociais sobre a importância da Proclamação da República. Na gravação, ele irá ressaltar a importância da democracia e lembrará das conquistas da gestão peemedebista na área econômica.
Presidente de Mombaça
Em tom de brincadeira, pessoas próximas ao presidente o apelidaram nesta segunda de “presidente de Itu”. O nome é uma referência ao ex-presidente da Câmara dos Deputados Antônio Paes de Andrade.
Em 1989, como presidente interino, substituindo José Sarney, Andrade transferiu simbolicamente a capital do país para a sua cidade natal, Mombaça, no sertão cearense. Na época, foi chamado de o “presidente de Mombaça”.
Para valorizar o gesto, Andrade viajou para a cidade em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira), no qual não coube toda a comitiva presidencial escalada para a a visita oficial. Para transportar o grupo, foram destacados dois Boeings e um Buffalo, que decolaram para o sertão cearense, onde foram recebidos pela população local.
Na cidade, o presidente interino inaugurou uma agência do Banco do Nordeste que já funcionava havia um ano e descerrou uma placa de bronze com o próprio nome.
O ex-presidente da Câmara dos Deputados – sogro do atual presidente do Senado Federal, Eunício Oliveira (PMDB-CE) – morreu em 2015.
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