Edição extraordinária do Diário Oficial da União, publicada nesta segunda-feira (5), oficializou os primeiros 22 nomes da equipe de transição do futuro governo Jair Bolsonaro (PSL). A lista inclui outros cinco nomes designados pelo governo Michel Temer, totalizando 27 técnicos e futuros ministros. O presidente eleito poderá nomear até 50 pessoas para cargos temporários, mas as demais indicações devem ser feitas aos poucos, na medida em que os nomes de novos ministros forem anunciados.
A equipe será chefiada pelo coordenador do governo de transição Onyx Lorenzoni, nomeado ministro extraordinário. O deputado federal gaúcho já foi escolhido por Bolsonaro para ocupar a chefia da Casa Civil do novo governo.
LEIA TAMBÉM: Por que o Chile virou a referência econômica de Bolsonaro?
Alguns dos nomeados são ministros já confirmados pelo futuro governo, como Paulo Guedes, que vai chefiar a área econômica; o general Augusto Heleno, futuro ministro da Defesa; e o astronauta Marcos Pontes, confirmado como ministro da Ciência e Tecnologia. Também aparece na lista o advogado Gustavo Bebianno, braço direito de Bolsonaro durante a campanha eleitoral e ex-presidente do PSL, cotado para assumir algum ministério.
Na lista ainda há nomes ligados à equipe que tem trabalhado com Paulo Guedes nas propostas econômicas. São eles: Arthur Bragança de Vasconcelos Weintraub, Roberto da Cunha Castello Branco, Carlos Von Doellinger, Carlos Alexandre Jorge da Costa, Abraham Bragança de Vasconcelos Weintraub. Irão ainda compor a equipe de transição na área econômica os já servidores Alexandre Xavier Ywata de Carvalho, Waldery Rodrigues Junior, Adolfo Sachsida e Marcos Cintra Cavalcanti de Albuquerque.
LEIA TAMBÉM: Aprovar idade mínima para servidor se aposentar seria ‘grande passo’, diz Bolsonaro
Onyx explicou que os trabalhos irão começar com discussões em 10 grupos de trabalho nas seguintes áreas: Desenvolvimento Regional; Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação; Modernização do estado; Economia e Comércio Exterior; Educação, Cultura e Esporte; Justiça, Segurança e Combate à Corrupção; Defesa; Infraestrutura; Saúde e Assistência Social; e Produção Sustentável.
O grupo de transição vai trabalhar com funcionários do presidente Michel Temer, designados para este período, no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília. O local já sediou outras transições em gestões anteriores. O espaço fica a cerca de quatro quilômetros do Palácio do Planalto e a oito do Congresso Nacional e da Esplanada dos Ministérios.
Conheça quem são os técnicos que vão compor a equipe:
Será o ministro da Ciência e Tecnologia a partir de 1º de janeiro. O tenente-coronel da reserva foi o primeiro astronauta brasileiro e deixou as Forças Armadas logo após voltar do espaço, em 2006.
Professor na área de Economia na Universidade de Iowa (Estados Unidos), com graduação, mestrado e doutorado em engenharia e matemática pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), é o nome da área de energia de Jair Bolsonaro.
Foi secretário de Gestão de João Doria na Prefeitura de São Paulo, na qual implementou redução de 30% dos comissionados. Advogado, é responsável pelas propostas de desburocratização e reforma do Estado. Presidiu o Instituto de Estudos Empresariais de Porto Alegre, responsável pelo Fórum da Liberdade, onde Paulo Guedes participou algumas vezes como palestrante.
Futuro ministro da Defesa, o general da reserva integra o núcleo forte de Jair Bolsonaro ao longo de toda a campanha e é responsável pela interlocução com boa parte das Forças Armadas.
Um dos principais articuladores políticos do núcleo bolsonarista, o advogado e ex-presidente do PSL é quase um faz-tudo do presidente eleito. Gerenciou desde a agenda, à parte da arrecadação da campanha, até telefonemas.
É formado em Direito Previdenciário pela Universidade de São Paulo (USP). Tem 14 livros publicados sobre o assunto.
Considerado um dos homens de confiança de Bolsonaro, foi eleito deputado federal pelo PSL da Paraíba.
Doutor em economia pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pós-doutor na mesma área pela Universidade de Chicago. Lecionou também na FGV. Presidente Executivo do IBMEC, diretor do Banco Central, Economista chefe da Vale do Rio Doce.
Economista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Presidiu o Banco do Estado do Rio em 1989 e foi subsecretário da Fazenda do Rio no governo Moreira Franco.
Doutor em economia pela Universidade de Chicago e ex-diretor do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES).
Economista escolhido pelo presidente para comandar o superministério da Economia, que vai agrupar a Fazenda, o Planejamento e o Desenvolvimento. Guedes reuniu em torno de si uma equipe de técnicos com perfil liberal.
Faz parte da cota de indicação dos militares, que acabaram perdendo protagonismo para a equipe econômica no grupo da transição.
Trabalhou na iniciativa privada, no Banco Votorantim por 18 anos onde foi economista-chefe e diretor.
Funcionário de carreira do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), hoje na Funpresp-Exe.
Possui graduação em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul(2006). Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Direito Público.
É doutor em economia pela Universidade de Brasília (UnB), graduado em engenharia pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica e mestre, também em economia, pela Universidade de Michigan. Atualmente atual como coordenador-geral na Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda.
Pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), doutor em economia pela Universidade de Brasília (UnB), pós-graduado na Universidade do Alabama, nos Estados Unidos. Concorreu a deputado distrital pelo DEM em 2014, aproximou-se de Bolsonaro mais pelo ativismo político que econômico. Defende temas como Escola sem Partido, encarceramento e as reformas de Michel Temer.
O ex-secretário de Planejamento do município de São Paulo e ex-deputado federal ficou conhecido pela defesa da proposta do imposto único. É formado em economia pela Harvard College e mestre em planejamento regional na mesma universidade. Atualmente é professor titular e vice-presidente da Fundação Getúlio Vargas. com experiência na área econômica, com ênfase em política tributária.
Cientista Político, com atuação na dinâmica do Congresso Nacional.
Um dos donos da AM4, a maior prestadora de serviços da candidatura do capitão reformado. Carvalho explicou que vai ajudar na comunicação da equipe, segundo a Folha de S. Paulo.
21) Paulo Roberto
22) Eduardo Chaves Vieira
23) Jonathas Assunção Salvador Nery de Castro
24) Ismael Nobre
25) Bruno Eustáquio Ferreira Castro de Carvalho
26) Sérgio Augusto de Queiroz
27) Luiz Tadeu Vilela Blumm
Veja as nomeações no Diário Oficial da União