As mudanças em cinco pontos da proposta de reforma da Previdência, anunciadas nesta quinta-feira pelo relator da matéria na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA), vão reduzir em pelo menos 10% a economia que o governo projetava para os próximos dez anos nos gastos com o INSS, ou cerca de 67,8 bilhões.
A estimativa foi feita pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, principal articulador para a aprovação da proposta no Congresso. Ele minimizou a queda: “Nesses primeiros dez anos, os apontamentos de nossa equipe técnica mostram uma perda de 10%. O número ideal que saiu do governo (R$ 678 bilhões) será reduzido, mas muito pouco. Não compromete a reforma”.
Após uma reunião nesta manhã com o presidente Michel Temer, Maia informou que fará modificações nos seguintes pontos: regras para trabalhadores rurais, benefícios de prestação continuada, pensões, aposentadorias de professores e policiais e regras de transição para o novo regime previdenciário.
“A Câmara é a Casa onde fala a nação brasileira. O relator trouxe ao presidente Temer uma série de preocupações e chegou-se à conclusão que deveríamos produzir alterações nesses cinco tópicos”, disse Padilha, que também participou da reunião.
“Vamos ganhar”
Apesar de o Placar da Previdência feito pelo jornal “O Estado de S. Paulo” apontar até agora uma derrota para o governo, Padilha disse estar convicto de que o governo conseguirá aprovar a reforma no Congresso. “Temos 411 deputados. Não será nada ‘ah vai ser uma vitória estrondosa’. Não. Temos de ganhar e vamos ganhar”, previu Padilha. Ele disse que não há outra alternativa a ser aprovar a proposta.
O ministro recebeu com tranquilidade o resultado do placar, que segundo ele vai mudar assim que ficarem claras as alterações na proposta que estão sendo negociadas pelo governo com os parlamentares e incorporadas no texto do relator Arthur Oliveira Maia (PPS-BA). “O placar é passageiro. Estamos no início do trabalho e vai efetivamente ganhar cores depois de conhecermos os termos do relatório.”
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