O presidente da República, Michel Temer, afirmou que tentará aprovar a reforma da previdência após o resultado das eleições 2018. Ele falou a empresários do Brasil e dos Estados Unidos nesta segunda-feira (24), em Nova York.
“Quero anunciar, pela primeira vez, que eu quero fazer a reforma da Previdência, logo depois das eleições”, afirmou.“Procurarei o presidente eleito. E tenho certeza que, ao procurá-lo, ele atentará para o fato de que a medida é indispensável. Não é essencial para um governo, é essencial para o Brasil”, disse Temer.
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O presidente aposta que pode superar o que chamou de “dificuldade de natureza eleitoral” para aprovar a reforma nos dois meses finais de seu mandato. Para ele, a reforma é necessária para a atração de investimentos no país.
“Passadas as eleições, essa preocupação desaparecerá. E, como o déficit previdenciário é elevado demais, nós não podemos legar a nossos filhos e netos um sistema previdenciário sob ameaça, nem um orçamento que seja quase tomado com gastos previdenciários.”
Democracia
Michel Temer ainda comentou o cenário eleitoral e garantiu que não há espaço para alternativas ao democrático de direito no Brasil.
“Nós consolidamos três consensos fundamentais (desde a Constituição Federal de 1988): primeiro, em torno da democracia. Depois, em torno da estabilidade macroeconômica. E em torno do imperativo das políticas sociais”, afirmou o presidente.
Michel Temer acredita que nenhum dos principais candidatos coloca em dúvida a democracia. E disse ainda que “não haverá volta atrás” em reformas estabelecidas, como a trabalhista ou de teto de gastos públicos. Ele também classificou como “inevitáveis” as reformas tributárias e da previdência.
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O presidente fez ainda um balanço de seu governo, destacando as reformas como marcos regulatórios em infraestrutura e avanços econômicos que, segundo ele, fizeram a inflação recuar, a taxa básica de juros cair e o desemprego estancar. “Nós vencemos a crise”, disse Temer, ressaltando que o Brasil é um país atrativo para investidores.
Para Temer, o governo brasileiro “prestigiou e prestigia a iniciativa privada, tanto a nacional, como a estrangeira. É o setor privado que cria emprego, riqueza e renda”.
Teto de gastos
Temer destacou também o mercado de 208 milhões de consumidores, o potencial agrícola e o parque industrial “moderno e diversificado do país”. Ele comentou ainda a emenda de teto nos gastos públicos: “O que nós fizemos foi reduzir os gastos, estabelecer um teto, e o fizemos com grande responsabilidade. A emenda constitucional que aprovamos prevê um prazo mínimo de dez anos para que possa haver uma revisão”, disse Temer.
O presidente falou que “os empregos estão voltando” no Brasil e que a reforma trabalhista foi uma iniciativa para tornar a legislação adequada aos tempos contemporâneos. Segundo ele, a reforma foi feita através de diálogo com o Congresso e setores produtivos.
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